Feliz 2007!

sexta-feira, dezembro 29, 2006


lá bem no alto do décimo segundo andar do ano
vive uma louca chamada Esperança
e ela pensa que quando todas as sirenas
todas as buzinas
todos os reco-recos tocarem
atira-se
e ó delicioso vôo!
ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
outra vez criança...
e em torno dela indagará o povo:
como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
e ela lhes dirá
preciso dizer-lhes tudo de novo!)
ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

( Mario Quintana)

quinta-feira, dezembro 21, 2006

sundown. cheiro de praia de verão. nem dá vontade de tirar. de tão bom que é. sundown.

sonhei com o kirk douglas. ele estava com uns trinta e poucos ... a-do-ro.

quarta-feira, dezembro 20, 2006



a vida agora é assim. arte by pietra.

2007 será um ano especial. estarei completando dez anos de mudança total geral e irrestrita da minha vida. dez anos. é preciso comemorar.

minha avó tinha uma estola de mink. vivia guardada no armário coberta por um protetor azul de tecido. contava que meu avô havia dado à ela de presente quando moravam nos eua, para ela ir às festas mais linda do que já era. lindo estes dois. isto era na década de quarenta. havia muita ignorância a respeito de tudo ou quase tudo. minha avó me mostrava a estola cheia de orgulho e uma pitada de vaidade. dizia que, desde que havia voltado ao brasil nunca mais havia vestido a estola e que todas as amigas pediam emprestado e ela achava muito engraçado porque não havia como usar uma estola de mink no rio de janeiro. mas ela emprestava porque não queria que pensassem que ela era esnobe coisa e tal ( está chovendo. chuva de verão. as crianças lá fora estão tomando banho de chuva! ). até o dia em que minha avó morreu eu nunca havia tocado na tal estola. tipo vestido. colocava as mãos e me incomodava. sei lá. quando fui obrigada a desfazer seu armário, a última coisa que tirei lá de dentro foi a estola. a coloquei sob os meus ombros. maior desconforto. estranho mesmo.fiquei pensando o que eu iria fazer com aquilo. dias depois fui num brechó e larguei lá. a dona me perguntou quanto eu queria na estola. disse que não fazia a menor idéia. pra falar a verdade dei de presente mesmo. sei lá se alguém comprou aquilo. pra mim é meio surreal usar uma pele. tipo carregar um defundo sobre os ombros. então fico me perguntando o que deu na cabeça da madonna ao usar um casaco de vinte mil dólares de chinchilla. você já viu uma chinchilla? pois é. acho que ela não. minha avó nos tempos de agora não usaria um casaco daqueles. nem teria aceitado a tal estola de mink do meu avô. minha avó era muito in. e a madonna credo, é muito out.

acho que o verão começou hoje. calor. muito calor já. sol. as manhãs de verão sempre me encantaram. sempre. depois do sol fome. prato feito em casa, arroz, feijão, bife, batata-frita e um ovo pra fechar. na sobremesa sorvete negresco. depois do sol da fome preguiça. ventilador. crianças desmaidas cada uma num canto. como gatos. eu com controle remoto na mão pulando de galho em galho. filme de surf. a-do-ro. quando era garota e a praia era meu quintal início de dia e final de tarde era aquilo: assistir aos garotos pegando onda. maior onda. surf é zen. absolutamente. sono. preguiça. verão é só isso: sol e preguiça.



monique evans. arpoador. 70's show.

terça-feira, dezembro 19, 2006

" só o impossível
acontece
o possível
apenas se repete. "
chacal.

viajando por aqui caí nas areias de ipanema. década de setenta. aonde todos éramos tão felizes e ingênuos e românticos e infantilmente aventureiros. lá aonde éramos felizes e não sabíamos. a moça da esquerda é a suzi ( tchuzi ) ... e a vida continua. vamo pra praia ?!

diga não. assine aqui.

fernando gabeira aqui.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

nas páginas: luciano o emo-mor grita apavorado: o que é isso? pra onde vocês estão levando a gente? somos nós os telespectadores carregando vocês, duas malas sem alça para um lugar longe, muito longe daqui. porque vou te contar meus filhos que preguiça hein?

leme. eu sou carioca babe. oh yeah!

então no post anterior citei meu imposto de renda. sei que muita gente vai fazer contas. é meio que automático. mas isso no fundo não tem nada a ver. o quanto eu recebo ou não no início de cada mês. não interessa mesmo. porque mesmo que eu pagasse cem reais ainda acreditaria nos meus direitos. porque é assim. quer ver: quando eu morava em búzios certa vez fui parar no p.u.
e uma mulher me olhou e disse: você não deveria estar aqui. está tirando o lugar de outra pessoa. caramba. fiquei boba. sabe como é. até pensei em levantar e ir embora. mas fiquei ali mesmo e, minha língua este ser à parte que abrigo em mim se dirigiu à senhora dizendo: minha senhora, pago meus impostos religiosamente. posso ter milhões de dívidas mas ao estado não devo nenhum tostão sequer. e, minhas contribuições com certeza ajudam a pagar os médicos que atendem a senhora que, com certeza não contribui com nenhum centavo aos cofres deste país. não, eu não quiz agredir aquela senhora. não mesmo. porque ela é pobre. mesmo. mora na raza, subúrbio da cidade fantasia de búzios. mas me senti exercendo meus direitos sabe como é? eu, mesmo pagando um imposto de renda altíssimo tenho todo o direito de utilizar a saúde pública, escolas e faculdades públicas, a ter segurança, boas estradas, transportes decentes. afinal, quem paga manda. não é não? e, sendo bastante sincera, eu mereço cada centavo que recebo. porque foi trabalhado. e muito.



"desobediência civil: método que permite defender todo o direito que se encontra ameaçado ou violado, uma forma de pressão legítima, de protesto, de rebeldia contra as leis, atos ou decisões que ponham em risco os direitos civis, políticos ou sociais do indivído."

" será que o cidadão deve desistir de sua consciência, mesmo por um único instante e se dobrar ao legislador? por que então estará cada pessoa dotada de uma consciência? em minha opinião, devemos ser primeiramente homens, e só posteriormente súditos. cultivar o respeito às leis não é desejável no mesmo plano do respeito aos direitos. a única obrigação que tenho que assumir é fazer a qualquer momento aquilo que julgo certo. " - henry david thoreau, a desobediência civil e outros escritos.

martin luther king e gandhi eram favoráveis à desobediência civil. sobre isto gandhi falou certa vez: " a resistência civil é o meio mais eficaz de exprimir a angústia da alma e o mais eloquente para protestar contra a manutenção do poder de um estado nocivo. "

digo de peito aberto. agora mais do que nunca que sou absolutamente a favor da desobedência civil. pacífica. forte. não sei porque eu sou obrigada a pagar todos os meses, direto do meu contra cheque um pouco mais de dois mil reais de imposto de renda. gostaria de saber aonde está escrito que sou obrigada a isto. gostaria de saber se posso discordar. simplesmente dizer não. se o estado não me dá nada. absolutamente nada. estou de saco cheio. desta corja. destes ladrões. destes bandidos diplomados. pena que o nosso povo tenha sido massacrado mentalmente. ignorante. fraco. brasília é longe. foi por isso que jk colocou nossa capital lá. é longe. no meio do nada. o certo era gritar. gritar muito. alto. certo é ser desobediente. ser rebelde. dizer não. não haveria cadeia para prender milhares de pessoas honestas que só desejam ver seus direitos cumpridos. estou de saco cheio. quero dizer não. desobediência civil já. acorda minha gente!

o que é uma ivete sangalo? o que é uma ivete sangalo com a xuxa?
***
quarta tem especial da xuxa. alguém aí quer uma faca pra cortar os pulsos?
***
fico pensando que, se fosse crítica estaria lascada. porque geralmente eu não gosto de boa parte das coisas que todo mundo gosta. das duas uma: ou estaria eternamente desempregada ou estaria toda quebrada após levar uma surra de presidente de fã clube.
***
alguém aí conhece a cidia? ela participou do fama e agora faz dupla com um cara chamado dan. olha aqui: esta garota tem uma das vozes mais legais e diferentes que já ouvi nos últimos tempos. ninguém liga pra ela. ela não é cool.



ainda rc. é porque desta vez não sei bem porquê o especial dele foi diferente de todos os outros pra mim. apesar do funk. apesar da marisa monte. ontem mandei um scrap pro meu amigo silvio essinger. que sabe tudo. tudo de música coisa e tal. sem contar que escreve. escreve. perguntei porque eu acho a marisa monte um enjôo. perguntei porque eu acho a maria rita um enjôo. e ele me respondeu. me explicou. agora não fico me sentindo mais tão fora de tudo quando digo o que penso e todo mundo fica me olhando com aquela cara de credo como você pode dizer uma coisa destas. se o silvio concorda comigo, ok. não preciso tentar escutar a marisa monte nem a maria rita. porque ele é totalmente uau uau. está trabalhando no video show. coitadinho do meu amigo. ele deveria mesmo é estar na rolling stone. enfim, estava falando do rc. eu assistia ao programa dele na tv. eu e minha mãe. eu assisti aos filmes dele no cinema. eu e minha mãe. eu tinha uma boneca gigante da wanderléia. ele faz parte da minha memória musical. e fiquei triste quando assisti a tudo aquilo. tipo vem cá porque você tem um contrato. sobe lá e faz. ninguém merece aquilo. pra mim ele já está mesmo é de saco cheio. ele sabe que tudo aquilo é um lixo. pra se salvar relembrou que tocou com o tom. e quem um dia cantou com tom jobim ao piano merece todos os perdões do mundo. se eu fosse ele batia pé e nunca mais faria um troço daqueles. sabe como é. eu sou o roberto carlos. não preciso disso. pode vir quente que eu estou fervendo ... manda tudo isso pro inferno rc!

domingo, dezembro 17, 2006

nasci no rio. lá no começo do começo da avenida atlântica. no leme. hoje pela manhã uma amiga que não encontro há décadas me encontrou no orkut. porque agora tem uma comunidade chamada a velha guarda do leme. e o leme é um caso à parte viu? é um velho caso de amor. para todo mundo que mora ou já morou lá. é meio tipo você pode sair do leme mas ele não sai de você. e estou perdidinha. ok. pensando em várias coisas ao mesmo tempo. como sempre. porque enfim, ela me convidou pra um luau que vai ter no leme. bem em frente ao meu velho prédio. não dá pra recusar um convite desses. meus amigos de sempre. tem as fotos também que eu vi no orkut. tipo meio que caiu a ficha. uau nós crescemos. todos. mas como assim como pode se eu ainda me sinto aos dezoito. esqueci totalmente a pontuação. que se dane. estarei lá no dia seis. na areia da praia do leme. nossa se aquela praia falasse. sabe o que acontece ... na década de setenta oitenta todos éramos tão tão inocentes e românticos e tudo mais. e me parece que continuamos assim. sei lá como posso chamar tudo isso. dia seis teremos todos dezoito anos. vai um aí?

beija ou não beija. a carolina ferraz agora diz que foi tudo uma brincadeira do gianni ... então tá. vi a as fotos umas duas vezes. a sequência. se aquela cara dela não é tipo: vai logo beija logo, não sei mais nada viu? aliás, as fotos me lembraram aqueles recibinhos do jogo do bicho onde se lê: vale o que está escrito. pois é: agora vale o que está fotografado.

desfile da victoria secrets no tnt. totalmente cafa as lingeries. modelo bordel sabe como é. fico pensando que estas lingeries não são para nós simples mortais. sei lá. acho que morreria de rir de mim se aparecesse assim na frente dele ... tipo ... ele me olha e pensa ... ué mas você não é a gisele. já as costumeiras asas que as modelos vestem, ah estas eu queria. todas ela. butterflyes are free !!! liberdade para as borboletas.
***
by the way a gisele arrumou o biquine lá no caribe. como todas nós fazemos é claro. o infeliz do paparazzo fotografou e ganhou uma baba com certeza. mas o meu eu malvadinho adorou. ninguém é perfeito. nem mesmo a gisele. sorte dela nós não andarmos de ponta cabeça. ui.



violetas na minha varanda.



daniel craig. atual james bond. ele já foi ted hughes em sylvia. não importa. eu queria.

queria que alguma coisa muito muito acontecesse pra mim agora. já nem me lembro mais como é ter o coração disparado. pro bem é claro. mas avida assim é como água misturada. meio copo quente meio copo gelada. meio tipo gosto de remédio. será que o roberto carlos está se sentindo assim hoje?

sábado, dezembro 16, 2006

ok. roberto carlos na tv. pleno sábado e ele está fazendo novamente o mesmo show bla bla bla... pior vai ser quando começar a cantar se ela dança eu danço ... não era melhor ficar na dele? é duro lembrar dele naquele programa de tv em preto em branco cantando: me chamam lobo mal por isso eu sou o tal ... e era mesmo. agora ... sabe-se lá.

sabe o que eu queria agora? tomar um banho e ir assistir volver se possível no shopping novo que inaugurou no leblon. depois uma pizza e uma boa livraria. nossa como é fácil ser feliz.

conversa familiar de final de ano. ela e eu. desconstruímos tudo. pra re-construir tudo. e só deus sabe o quanto isto está nos custando.

eu não sei o nome do novo james bond. mas sei que ele é bom. muito bom.

natal. novamente. este ano fiz as compras de natal de uma só vez. se é necessário sofrer, melhor que seja de uma só vez. e assim foi. eu, ele e três cartas para papai noel. não sei o que acontece, se é apenas uma impressão ou coisa parecida mas, quando entrei no shopping estava vazio. depois da primeira rodada me vi no meio de uma multidão enlouquecida. sim, porque parece que as pessoas acreditam que o mundo terminará um minuto depois da virada do dia vinte e cinco. então, compram tudo o que há pela frente. num dia apenas elas são tão descontroladas como eu sou naquelas fases da minha vida. assim, fazem suas compras natalinas em suaves doze prestações que terminarão no próximo natal começando um novo ciclo. muito louco tudo isso. louca sou eu. loja de brinquedos é um sanatório daqueles. lista número 1 e 2. este boneco: não tem. este jogo: não tem. este carro: não tem. esta boneca: tem, setecentos e noventa e nove reais. tudo bem, pago a terapia daqui a alguns anos; mas esta boneca é indecente. enfim, por vários motivos mama noel meio que modificou completamente a lista dos filhos. ossos do ofício. lista número 3. sim, esta é bem mais fácil. biquínis. e roupa. muita roupa. vai lá na myth. vai lá na myth querida. foi? eu também. tem segurança na entrada e na saída. só faltou a senha pra atendimento. deu pena daquelas meninas rodando de um lado pro outro como baratas tontas correndo atrás do dinheiro que sustentará apenas um verão. exausta, naquele inferno dantesco, esperando a conta pra pagar surge na minha frente uma mulher que logo me beija e abraça e faz a pergunta mais cretina de todas: o que você está fazendo aqui? um minuto. pára a cena. albinha, quem é esta pessoa? pensa. pensa rápido. sorri. não fale nomes. sorria: oi! aqui? o mesmo que todas estas pessoas: compras de natal! e você querida, o que você está fazendo aqui? sorriso amarelo e saída pela direita: deixa eu ir lá! vagou uma cabine. uau. salva pela cabine! afinal, quem era aquela pessoa?! três listas fechadas. eu ainda queria comprar um tapete, velas, porta-retratos, almofadas. mas deixei pra lá. eu sei que o mundo não vai acabar à zero hora e um minuto do dia vinte e seis. afinal, pra que tanta pressa?

sexta-feira, dezembro 15, 2006

e ele cheirava a essência de morango. era loiro. muito loiro. e cheirava a essência de morango.

olha bem a situação: ele foi o amor da minha adolescência. tipo: dos treze aos quase dezoito. amorzão mesmo. sabe como é? pois então. acabei de abrir meus e-mails e estava lá: attilio pittigliani. não. quase morri. sério. o attilio é primo-irmão dele e sabe-se lá como chegou aqui e leu um post que eu escrevi a exatamente um ano pra ele: marcelinho. só que o marcelinho sumiu no mundo. e vira e revira eu me pego pensando nele coisa e tal e como eu gostaria de falar com ele porque eu sei que a vida tem sido pra lá de complicada pra ele. enfim: attilio, se você voltar aqui por favor deixa seu e-mail cara. quero muito. muito mesmo falar com você. que vida gente!
( pronto! agora só faço pensar em como vou achar o attilio. nem o 102 deu conta dele... ).

para marina w. : obrigada por me ajudar a me perdoar.

lendo diários alheios: katherine mansfield, virginia woolf e emily dickinson. estou construindo a casa. lentamente. tijolo por tijolo.

trinta dias fora. exatamente trinta dias. estou on line desde as duas da tarde. lendo e lendo tudo o que aconteceu nestes últimos trinta dias. longos dias. eles normalmente se arrastam. sem escrever e sem a leitura fácil tipo eu quero isso agora e puf! os dias ficaram imensos. as crianças saíam pra escola ao meio dia e ao meio-dia e hum o silêncio tomava conta de tudo. tardes de fofocas, gente explorando a dor e a miséria alheia, vale a pena ver de novo e tédio. muito tédio. agora cá estou eu. libertando as palavras. mas é incrível como ficar parada faz a gente perder a mão. por isso acho que esse bolo vai ficar meio solado. mas aos poucos elas virão. é preciso respeito. com o mar e com as palavras. eles não levam desaforo pra casa.

HELLO !!! TÔ NA ÁREA. E SE DERRUBAR É PÊNALTI !!!

segunda-feira, dezembro 11, 2006


já que a dona do blog não aparece, a RP dessa bagaça veio fazer bagunça e trouxe um mocinho bonitinho que também está com saudades de dona alba regina:

where are you, little alba?

quinta-feira, dezembro 07, 2006


sim, estou viva. estou bem.
cuidar da vida real tem sido necessário.
eu volto!

quarta-feira, novembro 15, 2006

coisa maluca esta coisa de deitar dormir e sonhar. porque eu sempre sonho com ele. e nós não nos conhecemos. eu o vi uma vez a uns dez metros de mim. sentado numa mesa da piscina do hotel. lindo. uma coisa de lindo. e tímido. escondido debaixo de um boné. com um toque de tristeza. sei lá porque eu acho gente com este ar de tristeza disfarçada bonita. então sonhei com ele mais uma vez. e conversamos. aquela coisa, filme no mute. um troço. quando acordei fui escutar meu cd com músicas prediletas ... estranged yesterdays 14 years dead horse breakdown the blues madagascar . e estranged é a mais mais. tipo todas as vezes que escuto lacrimejo porque ela é. sabe como é? ela é. assiste estranged aqui. não é ao vivo. é clip mesmo. lindo. porque é meio auto-biográfico. lindo. com golfinhos e mar. sei não, esta coisa de sonhar ...



w. axl rose

"so nobody ever told us baby how it was gonna be so what'll happen to us baby guess we'll have to wait and see... when I find out all the reasons maybe i'll find another way find another day with all the changing seasons of my life maybe ill get it right next time an now that you've been broken down got your head out of the clouds you're back down on the ground and you don't talk so loud an you don't walk so proud any more, and what for ..."

( estranged - w. axl rose )

uma cena televisiva inesquecível ? a personagem de nair belo havia bebido chá de cogumelo sem saber o que era ... atende a porta tendo visões de elefantes cor-de-rosa ... hilário. ma-ra-vi-lho-sa. vamos combinar que, depois do golias, só a nair belo.

terça-feira, novembro 14, 2006

nem no séc. xvii os relacionamentos eram tão entediantes, chatos e sem graça como o destes adolescentes da novela. ai que preguiça viu? alguém socorre este autor por favor!

relax. relax babe. relax.

dia de chuva. lindo dia de chuva.

ladies and gentle man ... mr. robert capa !

segunda-feira, novembro 13, 2006

estou sendo vítima de algum complô. meu orkut não abre a dias. o haloscan já desisti mesmo. nem a toda poderosa taia, apesar de todos os esforços não conseguiu dar jeito. agora, desde ontem estou tentando postar umas fotos de robert capa. fotógrafo. que tinha um olhar especial. poderoso, sobre aquilo que se apresentava a ele. estou apaixonada mesmo. e, compulsiva como sou já li a biografia, já abri uma pasta só com as fotos que eu mais gostei coisa e tal. aff que fico passada quando as coisas não acontecem viu?

robert capa. fotógrafo. aí você pára e pensa: para viver é preciso estar na vida. robert capa.

é fantástico. o menininho um ano mais velho que o meu. doentinho. sonda no nariz. tentando virar a página de um livro. regina casé lá no ceará com um cara que ensina a molecada a pegar onda no seco ... a menininha surfista descrevendo o lugar aonde vive: é uma casa velha e tem rato. o mundo lá fora. o mundo lá fora que eu definitivamente não conheço. o meu mundo que é tão quente e protegido e limpo e saudável e meu. assim, de repente morri de vergonha de mim mesma. da minha total ignorância do mundo. de ser ignorante.

domingo, novembro 12, 2006

no.3 - tina modotti, 1925.

" the emptiness of the house is terrible ... i had the illlusion that you had just gone to town and would be back in a little while - only for moments the truth flashed through my mind and then the pain and loneliness almost choked me ... "

( escrito por tina modotti quando edward weston deixou a casa. )


" o meu anjo da guarda é dentuça,
tem uma asa mais baixa que a outra . "
( apontamentos para uma elegia, mario quintana ).

no dia em que meu pai morreu falei ao telefone com leandra umas três, sei lá cinco vezes. e, numa destas conversas ela me disse : " incrível como você pode ser a pessoa mais agradável e simpática e num momento se transformar na pessoa mais desagradável, antipática e grosseira. ... " agora mesmo faxinando a casa, num domingo me veio este trecho da nossa conversa. assim. inteirinha. no fundo no fundo eu gosto dela. afinal, ela é aquela prima de terceiro grau que um dia chegou da austrália com um koala de pelúcia no colo e me deu de presente. a vida apronta umas ciladas pra gente. sei não viu ...

sabe quem é o dono da música brasileira mais bem humorada do momento? latino. é. latino. as letras são engraçadas, o cara é uma figuraça e domina o que faz. é impossível não cantar a tal música da cachaça ... ela domina o meu eu faz do meu dia um breu ... quer saber? muito bom. é tão simples ser feliz!

noite de ontem: amaury jr. é isso mesmo. fiquei até quase uma da manhã viajando na maionese.. o cara foi pra disney .... depois pra festa de aniversário da luciana gimenez que diz estar com trinta anos. freeze frame please! pois é. lá fui eu fazer minhas contas. em 1985 ou seja, há vinte e um anos ela fazia ginástica ao meu lado na academia da celinha ruas lá no leme. pois é. era um troço a moça. imensa e magra como a fome na nigéria. enfim, ela deveria ter algo em torno de quinze anos. então, se agora ela diz ter trinta, a vinte e um anos atrás ela teria ... nove ?! ok. mrs. gimenez engoliu alguns anos da sua vida super hiper agitada e intensa, se é que vocês me entendem ... enfim, fiquei ali viajando na vida dessa gente que toma champanhe a tarde inteira na daslu, todas muito penteadas, maquiadas, sorrindo e sorrindo e quando apertei o off da tv parei pra pensar se o tédio delas é maior, menor ou igual ao meu. nenhum dos três. o tédio delas é vazio. já o meu ...

sábado, novembro 11, 2006

oh my ! oh my!

" esse tempo a aguardar, se algum dia vier,
em que te hei de ver, cenhudo, ante meus erros
e sua conta final teu amor terá feito,
em balanço lançado em razão alta e sábia:
esse tempo a aguardar em que, estranho passante,
a luz de teu olhar apenas me saudar,
em que o amor não mais sendo a coisa que era
razões encontrará de reserva altaneira;
esse tempo a aguardar, aqui eu me entricheiro
na plena convicção que tenho do meu mérito
e contra mim levanto esta mão que aqui está
para que não se anule o bom direito teu:
pela força das leis tu podes me deixar.
porque não posso dar razões de ser amado."
( w. shakespeare - soneto 49.)

saí do banho com minha camisola de flanela rosa cheia de ursinhos. banho quente. corpo limpo. friozinho. combinação perfeita com minha camisola velhinha. abri a porta do banheiro e dei de cara com ele sentado na cama. que isso albinha! tá parecendo uma velha.
well ... é claro que meu desejo era estar vestida numa lingerie victoria secrets e ter sentado na cama o mr. big. é claro que ele não conhece os meus desejos. se soubesse ele ainda seria aquele cara interessante, lindo, malhado, bem-humorado que eu conheci a vinte e três anos atrás. mas, desejos são apenas desejos. simples assim.

ainda a pouco o bem-te-vi estava parado na beira da piscina. em silêncio. ele sabe que é um bem-te-vi.



ontem foi um dia de chuva e de frio e de silêncio e de solidão. estava sozinha em casa. crianças na escola. ele na rua à trabalho. mariana na casa de amiga. eu aqui. casa arrumada. cheirando a limpo. cabeça vazia para escrever qualquer coisa. deitei na cama e me enfiei debaixo do edredon. nada na tv. reprise de novela. programas de fofoca. tv a cabo uma miséria vou te contar. fui buscar salvação nos meus dvds. encontrei. ano passado um amigo me deu a primeira temporada da família dó-ré-mi. assisti apenas um disco dos quatro. diante de tanta tranquilidade decidi ser feliz. pote de biscoitos divertido, copão de guaraná e dvd na tv. aos poucos vou indo e me pego cantando as músicas que não escuto a muitos anos. esqueci tanta coisa da minha vida mas não esqueci as canções. filme sem legendas acabo pensando em inglês. me acabo de rir das situações bobinhas. logo no final do segundo dvd lembrei deste lp. na época eu tinha nove anos. e adorava o seriado. era tipo terminar meus deveres de casa e esperar pelo david cassidy na tv. houve um final de semana quando uma amiga da minha mãe nos convidou para passar o final de semana em teresópolis, na casa dela. lá fomos nós. a filha dela era um ano mais velha que eu e estaria lá também. eu, tímida. chegando, havia a filha e mais uma amiga que eu nunca havia visto na vida. eu, tímida. quando entrei no quarto dela dei de cara com este lp. pedi para colocar na vitrola, e puff ! encontrei a minha salvação. eu, tímida, as duas super entrosadas me consideravam uma et. mesmo. passei o final de semana escutando david cassidy cantar, tirando as letras das músicas. minha mãe na volta para casa me chamava de bicho do mato: a mônica é tão despachada, madura e bla bla bla porque você não amadurece bla bla bla. eu aos nove e tímida. na volta do túnel do tempo saquei de quê me serviu aquele final de semana. serviu para eu chegar aos quarenta e dois e lembrar que houveram tempos aonde eu era inocente e tímida e tão dona de mim. dona de um mundo meu. que eu acreditava não ter mais. e, no final de ' i think i love you' chorando baldes, percebi ainda possuir. este mundo só meu. que só eu tenho as chaves. sem cópias.

sábado. nem sei porque uma música está martelando na minha cabeça. the cure. deve ser o friozinho que está fazendo. e nem é friday. é saturday mesmo.

sexta-feira, novembro 10, 2006

está chovendo. desde a hora em que saí da cama. dia cinza, escuro. mesmo assim o bem-te-vi canta. só porque ele é muito mais sábio do que eu. viu? ele está cantando agorinha mesmo na frente da minha janela. um dia encontro um jeito e gravo. adoro. o chamar do bem-te-vi.

nas páginas da vida: olha só, você é um jovem milionário. encontra seu filho, único de cinco anos de idade. decide assumir sua paternidade. faz o que? contrata o melhor escritório de advocacia e pronto! preocupar pra que? então, de onde vem os delírios da marta de exigir hum milhão de reais ( ontem já poderiam ser dólares ) para entregar o filho legítimo ao pai? esqueceram o tarcísio em algum quarto daquele casarão. cadê ele gente? e a primeira vez do casalzinho emo? que sono! e o piloto celulari? ele voa todos os dias. o pessoal da aeronáutica deve rolar de rir quando assiste a esta novela. e, se não vivêssemos numa sociedade tão apavorada com tudo, com certeza estaríamos assistindo a formação de um casal de três: fotógrafo - mulher - fotógrafa. o que, seria até agora, a melhor coisa desta novela. que está perdida de ma-ré-de-ci. acorda seu manuel!

ontem assisti a um show do robbie williams no tnt. adoro robbie williams. ele é o pop star da hora. em todos os sentidos. durante o show fiquei pensando que, se um gênio da lâmpada surgisse pra mim e me destinasse três desejos um deles seria: quero ser uma pop star por um dia. um dia inteiro. com direito a mega show e tudo. mais que um dia é over. e deve ser boring também.

quinta-feira, novembro 09, 2006

up date: o receituário citado abaixo era emitido pelo meu psiquiatra há dez anos atrás. estou de cara limpa. graças a deus. atualmente o máximo que me permito é tomar um comprimido de valeriana. tudo muito natural. não se assustem!

tarja preta: tofranil 25 + frisium pela manhã. meio frisium à tarde. tofranil pomoato 150 + dalmadorm à noite. esta é a receita pessoal e intransferível para sobreviver. em algumas sessões havia também uma bolinha azul que levava ao jardim do éden. era isto ou o inferno. o mais difícil é a escolha. sempre.

quarta-feira, novembro 08, 2006

coisas que só acontecem por aqui : " a vida se contrai e se expande proporcionalmente à coragem do indivíduo." anais nin. está no post de hoje da luma. aliás, hoje quando abri a página dela, foi uau. me senti beijada. um troço. tudo combina. com tudo. uau.

meus filhos estão indo pro colégio de van. quantos metros mede o cordão umbilical? se forçar será que ele arrebenta?

mãe é uma coisa. complicada. querida. odiada. desejada. mãe é tudo. não tenho mais minha mãe. ela morreu. se mandou. desistiu. mandou tudo às favas. ela me deixava doida. maluca mesmo. tinha horas que eu desejava com todas as minhas forças que ela sumisse. desaparecesse. ficasse muda. era difícil. porque ela era psicótica maníaca depressiva. parece nome de banda de rock n' roll. mas na verdade é punk. sem glitter. difícil pra caramba. muito mais para ela do que pra mim. ela subia e descia e me arrastava com ela. ups and downs. porém uma coisa é inquestionável. ela me amava. assim. a-ma-va. sabe como é? tipo eu morro no seu lugar se for preciso. te dou meu coração e tudo mais que houver nesta vida. eu, burra cega ignorante não sabia o que era isso. até hoje. até agora. estou falando tudo isso porque ele acabou de dizer que eu preciso me tratar pra não ficar igual a minha mãe. mal sabe ele. que eu já me tratei. não me trato mais como deveria. em muitos aspectos. do cabelereiro à alma eu não me trato como deveria. quando deito na cama à noite ou quando consigo finalmente chegar ao silêncio listo todas as coisas que eu deveria fazer. sei o caminho que me levaria à minha tranquilidade. existem pessoas que ocupam todos os espaços. e consideram isto natural. eu desejo ocupar apenas o meu espaço. o meu espaço. aquele que é meu por direito. olha aqui, estou perdida.

terça-feira, novembro 07, 2006

tarde de vento. orgulho e preconceito. suspiro. suspiro. suspiro. donald sutherland chorando no final. coisas assim são ... são. chorei baldes. mas ninguém me ofereceu um lenço. coisas da vida moderna.

flor de poemas. fechei os olhos e deixei que ela escolhesse uma pétala: " eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: - em que espelho ficou perdida a minha face? " cecília meireles. poeta. feiticeira. cento e poucos anos de vida. porque gente assim não passa nunca. sempre é. feliz aniversário mme. meireles.

pedido:amores, não comentem no haloscan por favor. deixem seus comentários ao lado. merci.

segunda-feira, novembro 06, 2006

quarenta e cinco reais eu posso gastar. tem gente que gasta muito mais que isso em cremes e batom. então saí com a sacolinha amarela cheia com ' orgulho e preconceito '. jane austen. companheira das minhas tardes depois do colégio. sou uma daminha. século xviii. escrevendo e lendo a luz de velas. numa casa de fazenda. longe de tudo. assoalho de madeira que canta. sol frio pela manhã. cheiro de leite quente. pois é. sou uma daminha século xviii. perdidaça no século xxi. somebody help me!

caminha alba. caminha.

" é preciso estar atento e forte ... "

vela pro anjo da guarda lilás. incenso. lavanda. banho de chuveiro demorado. porta trancada. lágrima. lágrima. lágrima. não existe sabonete pra lavar a alma. mas existe a lágrima. deus não erra. deus não erra. deus não erra. que coisa.

estou triste. muito. mas ninguém sabe. ninguém vê. sou um disfarce ambulante. engano a todos. só não engano a mim. se isso é bom ou ruim até hoje não sei. vou indo. indo.

sábado, novembro 04, 2006

aviso importante aos meus amigos navegantes: estou visitando. todo mundo que amo. mas aonde há haloscan simplesmente não consigo comentar. mas estou lá. caladinha. mas lá.

porque eu amo o diogo mainardi: " o brasil é ruim. irá piorar. ... lula pode ser o seu presidente. meu ele não é. meu senso de moralidade é superior ao dele. lula é o chefe de uma junta de golpistas. ele que fique com seus doleiros, com seus laranjas, com seus lobistas, com seus assessores, com seus jornalisats, com seus mensaleiros, com seus filhos, com seus gorilas, com seus bicheiros. ... quem gosta de muita gente aglomerada é lulista. ... " estou quase mandando imprimir numa camiseta. modelo protesto.

não sei o que está acontecendo. estou escrevendo. mas minha página só me mostra o último post de outubro. nada de novembro. e sei que foi publicado. já sentiu uma vontade louca de tacar o computador na parede? pois é.

porque será que às vezes, sem mais nem menos o coração da gente dispara. como se estivesse assustado. como se estivesse esperando por alguma coisa que está por vir. porque será que às vezes sinto uma vontade louca de chorar. tipo chorar muito. de soluçar. como se estivesse chorando por alguma coisa que não aconteceu. por alguma coisa que aconteceu de um jeito ruim. que nome se dá a estas sensações. nomes. nomes. só pra me sentir mais segura.

sexta-feira, novembro 03, 2006

das coisas boas da vida: comer um carpaccio no la dolce vita na rua das pedras em búzios. alessandro o dono, é um caso à parte. amigo italiano inteligente, bem humorado, bom papo. tem coisas que não tem preço. sério.

em caso de desemprego há uma esperança para ana paula arósio: ser o pateta na disney. porque aquela risada dela é goofy demais né não?

enquanto esperava pelo leandro, fui pro rio-sul. graças à deus não estava numa daquelas crises compulsivas brabas. se minha conta bancária estivesse ultra azul com certeza hoje teria sido um daqueles dias. como é estranha esta sensação de ser gente grande.

fui ao rio somente para buscar minhas lentes de contato. tenho doze graus de miopia e mais três e meio de astigmatismo. cegueta mesmo. enfim, coloquei as benditas e uau! tudo está claro agora. de longe. de perto, quer dizer, de bem perto a visão trava. não consigo ler absolutamente nada. de perto não vejo nada. o que não deixa de ser quase uma benção. porque algumas coisas, ninguém precisa ver mesmo.

estou de volta. e não sei como começar.

quarta-feira, outubro 25, 2006


estarei fora por alguns dias. semana que vem estou de volta. até lá.

segunda-feira, outubro 23, 2006

michael parkes

eu e os meus sonhos psicoldélicos. estava eu numa praia ( pra variar ) olhando o mar e de repente peixes gigantescos de luz saltavam na água. era maravilhoso porque era final de tarde, quase noite e eles saltavam gigantescos. em tons de laranja. meu deus que eu preciso voltar à análise correndo viu?

"às vezes as pessoas deixam que os mesmos problemas as tornem infelizes por anos à fio, quando deveriam dizer apenas e daí? essa é uma das minhas expressões favoritas; e daí? minha mãe não gostava de mim. e daí? meu marido não faz amor comigo. e daí? não sei como consegui sobreviver aqueles anos todos, antes de aprender esse truque. custei muito a aprendê-lo - mas uma vez que a gente aprende, nunca mais esquece"

dos diários de andy warhol.

estava lá na marina w. tanto a gente procura que acaba achando.

" não são todos os que realizam os velhos sonhos da infância! "
mario quintana.


audrey

ando meio vazia. mentira. ando cheia mesmo. e, às vezes parece que isso atrapalha o escrever. porque entope. tipo pia. deixa estar. tempo lá fora gostoso demais. é outubro. nem parece.

domingo, outubro 22, 2006

domingo frio. de manhã bem cedo ele enrosca seus pés frios nos meus. adoro. tanto quanto adoro quando meus pés encontram um cantinho gelado na ponta da cama. coisas que carregamos vida a fora. chuva. o garoto novo ganha a corrida. bandeira em punho. choraminguei um pouco porque lembrei dele. domingo. sonolento. friorento. tudo assim. mole mole mole. chocolate quente. amanhã é segunda. até amanhã.

sábado, outubro 21, 2006

a situação hoje é a seguinte: teclado ok. escrevo. aperto publicar. 100% ok. quando vou olhar a página, cadê o post? não abre pra mim. mas está publicado. vou na mônica pra ver o que está acontecendo. lá, eu consigo me ver. o haloscan está em branco a três dias. não consigo ler meus comentários nem comentar no haloscan de ninguém. gente, que ziquizira é esta? que coisa. aff.


mãos da madonna. glamour zero. uma pessoa comum. assim como nós.



casa da madonna no centro de londres, 17 de outubro de 2006.

comprei e li para os meus filhos os três livros que madonna escreveu para crianças. enquanto lia pensava que, ela faz o mesmo para os seus filhos. uma mãe exatamente como eu. tão simples e comum como eu. que lê estórias para seus filhos, que inventa estórias na hora de os colocar para dormir. madonna. mãe. e, como mãe, numa tentativa de melhorar a vida de um ser humano ela adota uma criança. africana. miserável. orfã de mãe. que foi deixada num orfanato pelo pai que declara não possuir dinheiro nem mesmo para comprar um litro de leite. miséria. pobreza. fome. doença. agora as "autoridades" a estão acusando de tráfico de crianças. adoção ilegal. definitivamente não compreendo absolutamente mais nada. alguém aí pode me explicar?

sexta-feira, outubro 20, 2006

ok. um dia inteiro fora daqui. na quarta deixei o teclado cair. quebrou, é claro. ontem choveu o dia inteiro. adorei. falando sério, adorei. agora estou aqui. meio assim. o haloscan está fora do ar. tela branca. não consigo comentar em lugar nenhum. não consigo ler os comentários deixados aqui. coisas da vida. moderna.

quarta-feira, outubro 18, 2006

meio da semana. e todos os dias eu só senti uma vontade profunda de ficar deitada na cama assistindo televisão com o controle na mão mudando de canal o tempo todo. mas é claro que não me rendo. levanto. ando. faço as coisas. pensando na minha cama sempre. detesto este sentimento que vira e mexe bate em mim. antes eu obedecia. deitava na cama e ficava lá até a vontade passar. deixa pra lá. detesto estes papos deus me livre. tomar banho. servir o almoço.
checar a mochila das crianças. preparar as merendeiras. esperar o carro buscar a gente. deixar as crianças na sala de aula. almoçar no cabo grill. lavar o cabelo no cabelereiro. visitar a escola nova para as crianças. ir a administradora do condomínio. esperar terminar a aula de futebol do victor. voltar pra casa. lanche. banho em todo mundo. assistir novela absurda das sete. colocar crianças pra dormir. assistir novela perdida das nove. assistir joguinho com o silvio santos. desligar tudo. ronda final pela casa. deitar. dormir. ?

terça-feira, outubro 17, 2006

o pelé é rei de quê? pra mim ele é um mané. trocadilho infeliz mas não resisti. até mesmo porque não há adjetivo melhor para ele hoje.

tentando escrever um pensamento. já tentei umas três vezes. nada acontece. eu hein.

the who no brasil em março. oh yeah!

segunda-feira, outubro 16, 2006

eu sei. tem milhares muito pior do que eu. mas o umbigo está aqui pra lembrar que eu sou meu começo e o meu fim. então hoje estou egoísta. pensando só em mim. pra variar um pouco. o pior é que só penso em mim quando estou assim. puta da vida. cansada. exausta. de saco cheio. irritada. de mal humor. etc etc etc. hoje eu queria estar num daqueles dias de futilidade máxima. sabe como é? mas não estou. pensando. pensando. pensando. no where to go. bem feito pra mim. bem feito. ha ha ha.

ele era a casca da minha ferida no final da infância. tipo estava eu andando de bicicleta no calçadão. ele já vinha lá da outra esquina a mil só pra me jogar no canteiro das amendoeiras... depois no auge da adolescência eu apaixonada pelo melhor amigo dele e ele atrasando o meu lado sempre. depois na idade adulta eu namorando amigo dele e ele questionando como ele namorava comigo. sempre assim, maior mal estar quando estávamos juntos num mesmo lugar. já que todos sabiam que o clima entre nós não era dos melhores. enfim, sonhei com ele a noite inteira. tá aí o motivo do meu azedume. pesadelo fantasiado dele. aff... um troço viu?

segunda. então tá. eu sou do contra. gosto de coisas que poucos gostam e detesto coisas que quase todo mundo adora. acho que sou exigente demais. crítica demais também. por isso, não gosto do chico buarque cantando. por isso não gosto da marisa monte. por isso detesto o lula. por isso acho o paulo coelho o maior 171 da história da literatura. por isso nem que tivesse dinheiro usaria uma louis vuitton. estou com os macaquinhos no sotão. vou dar uma volta. téjá.

domingo, outubro 15, 2006


passagem, cabo frio. um pedacinho do séc. xvii logo ali, pertinho da minha casa. viagem no tempo. num domingo qualquer no séc. xxi. paz.

sábado, outubro 14, 2006

em páginas nunca vi tanta gente moça e chata e problemática junto viu? que papo mais baixo-astral aquele ontem da menina bailarina com a mãe ... que garota arrogante e carente e chata aquela que quer ser a mãe do pai e continuar vivendo da dependência dele pra chamar atenção pra ela mesma. deus me livre viu? socorro!

a decisão é comprar duas bicicletas. colocar aquelas cadeirinhas pra criança e sair por aí. vivo numa cidade que tem uma orla linda. a praia do forte é linda de matar. voltar a fazer uma das coisas que sempre amei. pedalar. quando tinha minha caloi 10, imagina só, ia todos os dias do leme até o arpoador. eu minha bicicleta e meu walk-man azulzinho. e nossa como era bom e divertido. porque se você parar pra pensar andar de bicicleta e quase que voar. tipo aquilo mesmo que a meg ryan faz eu acho que em cidade dos anjos. sabe como é? se fechar os olhos e abrir os braços...pense uma coisa bem boa que num instante você voa. então é por isso que vou comprar minha bicicleta. voar. está aqui dentro.

madrugada inteira sonhando com david cassidy. e não. não foi um sonho erótico. sonhei que estava assistindo a um show dele. e o incrível é que ele estava exatamente como era aos vinte e poucos. muito gatinho coisa e tal. adoro. cantando cherish e eu lá cantando junto. teve uma hora em que ele apontou pra mim e sorriu. tipo aquelas coisas que a gente sempre deseja que aconteça e nunca nunca acontece de verdade. por isso é que é sonho. oras. acordei felizinha por causa do sonho. vou ouvir cherish. téjá.

sexta-feira, outubro 13, 2006

vocês querem saber? vou falar. ontem estava lá no glamurama. e contavam do feriadão de alguns ... a gimenez foi passar o feriado em new york. volta na segunda. olha aqui, burra sou eu. pronto. falei.

na boa, ninguém tira foto de gato tão bem como a cora ronai.

nas páginas ontem o melhor foi novamente natália do valle. até a helena ranaldi ficou passada com a atuação. cara de susto. surpresa. nossa que quase chorei. relacionamento mãe-filha não é sempre toda esta água com açúcar que nos empurram por aí. é difícil criar mulheres. fico tentando compreender porque seu manuel criou tantos personagens. por exemplo, a personagem da ana botafogo só aparece dando aula. nunca houve diálogo entre ela e os filhos ou o marido. idem com a personagem da helena ranaldi que só uma vez apareceu com a filha, que, diga-se de passagem se teve umas vinte falas até agora foi muito. sei não. acho que desta vez ele deu o passo maior que as pernas. less is more seu manoel.

victor agora está com febre. desde ontem. dia. noite. madrugada. temperatura alta. porque dói tanto ver um filho doentinho? mesmo com uma simples febre infantil. aflição. angústia.
sinto raiva mesmo. de ser totalmente impotente. sou incapaz. não posso evitar que coisas ruins aconteçam a eles. sou nada mesmo. não há nada que eu possa fazer. a não ser tylenol com muito carinho e amor.

quinta-feira, outubro 12, 2006



alice no país das maravilhas - lewis carrol.

" a vida é o que se vê nos olhos das pessoas; a vida é o que elas aprendem e, depois que o aprenderam, jamais, embora procurem escondê-lo, deixarão de estar cientes - de quê? de que, parece, a vida é assim. "
( um romance não escrito - em: uma casa assombrada, virginia woolf ).

quarta-feira, outubro 11, 2006



karl larsson, anna-stina alckman

bom mesmo era quando eu ganhava aqueles livros de fábulas. capa dura com gravuras tri-dimensionais. tudo era tri-dimensional. tudo.

terça-feira, outubro 10, 2006

pietra com febre. quatro anos. muita sabedoria e auto-conhecimento. mãe estou com febre. termômetro. trinta e oito e dois. ah! as mulheres. ontem me sentia devastada. tem certos dias que parecem aqueles fenômenos da natureza. tsunamis, terromotos, maremotos ... ontem fui atingida por um destes aí. estava literalmente devastada. hoje estou aqui. a vida é assim mesmo.

"domingo: 4 de outubro : marylin monroe apareceu para mim em sonho, na noite passada, como uma espécie de fada madrinha. ... ela fez minhas unhas com muita competência. ... ela
me convidou para visitá-la na época do natal, prometendo que uma nova vida floresceria."
( nos diários de sylvia plath ).

segunda-feira, outubro 09, 2006

programa de final de domingo: assistir ao debate de alckimin e lula. a cada dia que passa detesto mais este homem. cínico. debochado. cara de pau. o pior é saber que ele vai vencer. como já disse renato russo, que país é esse?

segunda. acordei cedo. como sempre. faxinei a casa inteira. incrível como me sinto sem nenhum problema depois que a casa está assim limpinha cheirando a lavanda. agora estão todos lá fora. jogados na lixeira. impressões.

m.m.

domingo, outubro 08, 2006

" mirror, mirror on the wall
who is the least dead
of us all?
you loved me not, just saw
a copy of the face
you gave birth to. "
( em: wooroloo - granny. frieda hughes, filha de sylvia plath e ted hughes ).

diferença boçal no caixa da família. vou deitar fazendo contas. fazer o que? nada. respirar. ligo a tv. ele já está dormindo. é imediato. deita. coloca a cabeça no travesseiro. conte: 1, 2, 3, 4... e puf! dormiu! estou falando de inveja mesmo. então, na tv nada. nada acontece. deixei no amaury jr. a nite é uma children people. ele conversa com a ana sharp. que conta uma das três vezes que se separou do marido. da vontade que sentia de se matar porque a vida estava uma merda. separação, falência. da tarde em que quase jogou o carro de um viaduto e, chorando parada num sinal um cara destes que pedem esmola, colocou as mãos no seu braço e mandou: chora não senhora. olha só que céu azul. tudo passa ... naquele momento a ana sharp foi o cara que pede esmola no sinal segurando o meu braço me dizendo pra ficar calma. ela fala de mediuns e ovnis é uma expert. fechando a noite vem me falar da teoria das cordas. que explica os mundos paralelos. tá ótimo. precisava encontrar esta senhora. tipo urgente. teoria das cordas. ainda bem que existe o google. e os mundos paralelos também.

ontem à noite fomos ao cinema ele e eu. pra relaxar depois de um dia digamos, no mínimo tenso. então, vamos ao cinema assistir a casa do lago. na bilheteria à minha frente, três mocinhas canadenses. queriam saber se o filme estava em inglês ou não. o senhor da bilheteria mudo. como se estivesse assistindo a um filme sem legendas. pra desenrolar ofereci minha ajuda: may i help you? ok. o filme está em inglês of course honey. depois, ajuda no troco. uma coisa. fiquei imaginando os comentários das três quando entraram na sala. o cinema é mínimo. bem cidade do interior. e as poltronas estão, quase todas rasgadas porque as pessoas são assim meio meio mal-educadas. melhor, vândalas. cinema cheio. e todo mundo. todo mundo está comendo pipoca. e falando. comem fazendo barulho. tipo porcos. e falam. falam e falam. o filme lá, rolando na tela. o casal ao meu lado chegou ao ponto de, viraram de frente um pro outro e, conversavam. tipo assim, estamos na sala da nossa casa assistindo a um video e conversando. deus! cutuquei o ombro do mocinho e pedi: por favor, será que posso assistir ao filme? graças a deus ele era obediente. o filme é aquilo. água com açúcar. dava pra passar na hbo. mas foi pro cinema. sabe-se lá porquê. enfim, estou até agora tentando saber em que ano termina a história. que coisa.

sábado, outubro 07, 2006

cochilei. sonhei com o roberto justus. eu hein.



spring ( vären ) - karl larsson, 1907

que coisa. outro dia ana v. fez um post falando dele. agora lendo mais um pouco de rubem alves, ele novamente: keith jarrett. uau. vontade doida de tomar café escutando the köhn concert. música. música...

quando morava no leme ele estava lá. o bem-te-vi. depois, quando fui para búzios havia um enorme, lindo, de peito amarelo. passeava todas as manhãs no meu jardim cantando e brincando. agora aqui ele aparece novamente. o bem-te-vi. lindo. alegre. cantando. voando. chamando sem parar. bem-te-vi!

madrugada de insônia. durante minha vigília me prometi muitas coisas. uma delas é dizer o não que mora agarrado na minha garganta e nunca despenca. vou dizer o não que desejo. pois preciso dele. desesperadamente, não. são nove e vinte da manhã de sábado. dormi por quatro horas e meia. mas está tudo bem. porque será que na madrugada tudo aparece? melhor assim.

sexta-feira, outubro 06, 2006

" money makes the world go 'round the world go 'round. money makes the world go 'round. money money money money money money money money money .... " cantado por minelli tudo fica mais charmoso. mas do lado de cá da vida ... blergh!

quantas vezes eu vou ao banco numa única semana? pelo menos duas. fui agora pela manhã. puxei meu cartão coloquei na máquina e surpresa! o prazo de validade expirou. pois é. expirou! bem no auge de uma greve que não tem data para término. e eu sem grana na carteira. e eu que quebrei meus cartões de crédito. e eu que bloqueei meus talonários até minha vida financeira entrar nos eixos em uns ... três meses. pois é. agora estou aqui com a minha velha cara de babaca me perguntando: o direito do outro não termina aonde começa meus? ah! tá.

segunda temporada de lost. uma coisa isso viu?! entraram no tal buraco e encontraram o desmond. e, numa bobagem destas made in hollywood você se toca que é isso aí mesmo. o ser humano precisa ter sempre uma motivação para continuar vivendo. nem que seja digitar números de 108 em 108 minutos. o ser humano é assim mesmo.

quinta-feira, outubro 05, 2006

em páginas: quem o leo parece? dom pedro oras!






então eu compreendi. it's alright ma. i'm not cryin' anymore.

" a alma é uma coleção de belos quadros adormecidos, os seus rostos envolvidos pela sombra. "
( rubem alves em: retratos de amor ).
o mais curioso neste livro que lu me deu é que, em vários capítulos, rubem alves cita coisas que eu adoro e que fazem parte da minha vida interior: as pontes de madison, abelardo e heloísa, rodin, vermeer, milan kundera com a insustentável leveza do ser, c.d.a., ou seja: a perfeição existe e não existe coincidências.

" nítido, no espelho,
meu quarto projeta-se
em parte nenhuma...
um dia estarei,
tão nítido assim,
em parte nenhuma? "
( mario quintana - em: apontamentos de história sobrenatural ).

manhã de quinta. correio. dois pacotinhos. desta vez nenhuma contas a pagar. remetentes: elas, minhas queridas: luci e mônica. presentes. livros. mario quintana da mônica, o dvd de sylvia e um cartão uau uau que me desmontou. e tirou de mim as lágrimas guardadas a alguns dias. rubem alves da luci. que mandou um livro dela. grifado. lido. devidamente absorvido por ela. algumas coisas são inimagináveis. eu bem sei. tipo isso. você está aqui escrevendo e nunca imagina que irá criar laços. tão apertados. tão justos. minha cabeça está meio confusa estes dias. hoje especialmente. você sabe. saudade da minha mãe. e estes presentes hoje. tipo conforto e colo de amigas queridas. que eu adoro e adoro tanto. nem sei o que dizer. a não ser que ... amo vocês.

ontem: cabelereiro. fui mudar por fora já que muitas coisas não posso mudar por dentro. cheguei à uma hora da tarde. ok vamos fazer tudo. ou quase tudo. tintura. luzes. corte. escova de chocolate. uau. nesta altura do campeonato já estava completando seis horas de cabelereiro. recorde máximo na minha vida. rj tv. sergio cabral e lula juntos. argh. penso alto assim mesmo: socorro. o cabelereiro com o pente espalhando o chocolate na minha cabeça. pergunta: você não vota no lula querida: respondo: voto nulo mas não voto neste homem. ele com risinho no canto da boca: pois eu só voto nele querida! ui. que meda!

cinco de outubro. hoje minha mãe completa setenta anos. em algum outro lugar longe daqui. não mais aqui. ela não aguentou. e foi embora. feliz aniversário mãe. paz. luz. eu te amo.

quarta-feira, outubro 04, 2006

olha só. hoje não está dando pra nada. estou lotada de tudo e absolutamente nada.

terça-feira, outubro 03, 2006


terça. indo pro rio. home sweet home.

segunda-feira, outubro 02, 2006

segunda de noite. dormi a tarde inteira. deixei as crianças na escola. cheguei em casa. liguei a tv. puxei o edredon e zzzzzzzzzzzz a tarde toda. cheguei a sonhar. ando cansada. minha cabeça trabalha o dia inteiro assim sem parar nenhum minuto. queria pensar menos. pensar em branco. mas acho que é contra a minha natureza. então penso penso penso. ai. mariana foi assaltada semana passada quando esperava o carro na saída do curso à noite. levaram a câmera dela. só isso. graças a deus. victor teve a sua primeira briga na escola. difícil criar meninos viu? se você diz não revida vira um babaca se você diz revida periga virar um pitt-bull doido. meio termo cadê você? mariana saiu no sábado. chegou alta em casa. detesto. abomino mesmo. passou mal. vomitou. banho frio de madrugada. chorei pacas. sim, eu sei. um dia, lá atrás na minha história numa noite qualquer também fiquei alta coisa e tal. mas isto bagunçou a minha cabeça. falei muito ontem. ela viu nos meus olhos todas as palavras que travaram na minha garganta. experiência não é transmitida geneticamente. ser mãe.

há luz no fim do túnel. obrigada são paulo!

domingo, outubro 01, 2006

crayolas by mariana newlands
farm bouquets by fer

viajando na internet. curiosidade que quase não tem limite. vou buscando e lendo e absorvendo lentamente ela que eu gosto tanto. anne sexton. procuro nas livrarias não encontro nenhum título publicado aqui no brasil. assim vou caminhando por aqui mesmo. acabei de ouvir anne recitando um poema seu: womam with girdle. na década de 70 ela tinha uma banda performática. som anos setenta e anne recitando poemas. não existe o fim. relaxe. não tem the end.
" as for me, i am a watercolor.
i wash off."
( for my lover, returning to his wife. )

henri rousseau



" ... datilografar, meu romance inteiro nos blocos de memorando do smith, com 100 folhas duras, rosadas, de adorável textura: um fetiche: por algum motivo, ao ver uma pilha de papel rosa, diferente das incontáveis resmas de papel branco comum, minha obra parece finita, especial, gravada em rosa. ... já roubei cadernos em quantidade suficiente e os guardei no armário para escrever o rascunho de um romance de 350 páginas e 1/2. "

( dos diários de sylvia plath )

sábado, setembro 30, 2006

leva a mal não mas a produção de arte de páginas andou meio sem criatividade na gravação destas cenas que exibiram hoje. todos os cenários tinham velas acesas. uma coisa. deviam inventar uma viagem pra personagem da ana paula arósio. nossa que tédio a eterna afetação desta pessoa. cruzes. o casal emo é bonitinho. mas totalmente fora de tudo o que eu já vi na minha vida de mãe de adolescente. agora me digam. de que morreu a filha da regina duarte? aonde está o primeiro marido dela? porque a marta foi expulsa de casa aos dezesseis? o tide tem uma fazenda. e pelo o que entendi a uns quinze anos não põe os pés lá. os filhos então não conhecem a tal fazenda. é por isso que o greg vai roubar ele. sem falar na regina duarte. caras bocas caretas sacudidelas de cabeça pra lá e pra cá. será que o diretor grita com ela? será que ele fala menos regina. menos. acho que não. mas o melhor de tudo é a menina que faz a clarinha. ai meu deus do céu. que coisa. mais tudo tudo tudo. depois dizem que anjos não existem. só ela já vale assistir a um capítulo sonolento como o de hoje. vou acender uma vela pra iluminar a imaginação do seu manuel. ele merece.

uma das melhores coisas da tv atualmente: sidney magal no anúncio do neutrox ... "se este lustre tivesse cabelo, se estes patinhos tivessem cabelo, se este microfone tivesse cabelo..."

scrap deixado no meu orkut: "Oi amigos do orkut e da vida, Peço à vocês que neste domingo votem no meu irmão Sergio Cabral 15 Governador. Para o Rio ficar muito melhor!!!um beijo, Claudinha. "

claudinha é minha amiga de colégio. estudamos no sacre-couer juntas. anos oitenta. nos re-encontramos no orkut. uma mulher inteligente, divertida, culta. mas nada nem ninguém é perfeito. fazer o que. acabei de ler este scrap deixado no meu orkut e fiquei de cara. respondo ou não respondo? fui até a página dela. um monte de pessoas babando ovo. aquelas coisas. sabe-se lá. o cara ganha coisa e tal... é bom ter amigo influente. cheguei a escrever uma resposta. mas apaguei. nela eu dizia que gosto demais dela, que admiro muito o pai dela, um cara que conhece música brasileira como poucos, a mãe dela uma pessoa incrível, forte. mas que, definitivamente, no serginho eu não voto mesmo. no início cheguei a cogitar a possibilidade. mas aí veio a foto. serginho ao lado de roberto jefferson num palanque. aí a casa caiu. realmente, não entendo lhufas de política. mas sei de pessoas. então já viu né? bem claudinha, não voto no seu irmão não. apesar dele já ser governador. apesar de saber que periga o próximo passo ser a presidência. meu voto vai para a senadora e acima de tudo juíza denise frossard. afinal de contas, diz-me com quem andas que eu te direi quem és. e que deus nos proteja.

sexta-feira, setembro 29, 2006

já saquei tudo. nem me alucino. nem me aflijo. nem me cobro mais. porque já saquei. nesta ainda não rolou. estou aprendendo. a juntar letras. juntar palavras. frases. nada muito demais. mas na próxima, estarei pronta. oh yeah!

estou quase terminando os diários de sylvia. pois é. levei mais de mês para ler. tudo bem que é um livro grande. mas é muito mais que isso. não é fácil. por ser um diário. não é nada fácil. por ser plath. e, durante a leitura fui me dando conta que, ali nas entrelinhas, ela me dava aula.
aula de literatura. então, autores desconhecidos foram se abrindo para mim. mrs. plath me dando aula. artes plásticas quando me apresenta giorgio de chirico. klee. hoje com a internet na ponta dos dedos me chega mais esta mulher adrienne cecile rich. não. não é uma suicida. morreu de vida mesmo a alguns anos. era lésbica. lutava pelos direitos da mulher.
grande mulher. foi difícil encontrar seus textos traduzidos. estes que foram postados consegui em citações em outros blogues, todos portugueses. assim que é. comer a maçã até o fim. e lamber os dedos no final. my teacher, mrs. plath.

" ... eu sei que lês este poema patrulhando o fogão
onde aqueces leite, uma criança a chorar-te no ombro,
um livro na mão
porque a vida é curta e tu tens sede
eu sei que lês este poema que não é na tua língua
pressuponho algumas palavras enquanto outras te
prendem à leitura
e eu quero saber quais são as palavras.
... "
( adrienne cecile rich - dedicatória ).

este jardim. existe forrado por orquídeas. coloridas. sensíveis. quase transparentes. donas deste aspecto assombroso. ameaçador. perfeitas. lindas. o certo no incerto. hipnóticas.
trazem, cada uma delas este princípio de ameaça cada vez que me aproximo. ...


"sentir o flamejante futuro
de cada palito de fósforo na cozinha
nada pode ser feito
senão aos poucos. transcrevo minha vida
hora por hora, plalavra por palavra
contemplando a ira das velhas no ônibus
contando estrias
de ar dentro dos cubos de gelo
imaginando a existência
de alguma coisa incriada
este poema
nossas vidas.
... "

( adrienne cecile rich - incipiência - tradução: olga savary ).



giorgio de chirico. hector and andromache, 1917.

" p.s. lembre-se - você é muito melhor que 9/10 do mundo, de todo modo!
amor,
syl. "

lembrete de sylvia plath para ela mesma. lembrete pra mim
( dos diários de sylvia plath ).

um barquinho de madeira no mar. mas consigo ver a praia. quando me viro e olho para dentro d'água a menina está afundando. vejo seu rosto descendo mais e mais. estico minhas mãos mas não a alcanço. enquanto ela afunda, lentamente surge este ser curioso. a sereia. que agarra minhas mãos e me atira na água. ondas. muitas delas. pavor. risos de sereia que me atira do alto das ondas. esqueci a menina. sereias nadando ao meu lado. a estranha sensação de estar voando dentro d'água. risos de sereias. risos meus. ondas. gigantescas. estou voando. estou nadando. risos dentro d'água. sereias. era um sonho. madrugada lisérgica.

venta. venta muito. não gosto. não compreendo. o vento.

quinta-feira, setembro 28, 2006

estou aqui. semana passada uma virose tomou conta do manuel e de lá pra cá foi black out total como minha querida mônica avisou para vocês. estou aqui. por hoje acho que não vou muito mais do que isto. mas amanhã estarei aqui. life goes on. témanhã!


a RP desse blog informa em edição extraordinária: dona alba regina pede para avisar que manuel, seu fiel escudeiro, está no cti em franca recuperação, aguardando alta.

ela estará de volta logo, logo.

aguardem e confiem!

* não confundam alhos com bugalhos: manoel é o nome do computador de ar
ué, não sabia? então ficou sabendo agora....

by Mônica

quarta-feira, setembro 20, 2006



acredito que AR esteja como a moçoila aí ao lado já que está sem poder usar o computador graças a praga chamada vírus.

tomei a liberdade de vir aqui e dizer aos leitores da minha sister que, por enquanto, estamos privados de seus posts.

não cortem os pulsos, não chorem e nem a abandonem.

ela volta....

by Mônica ( a invasora de blog alheio)

segunda-feira, setembro 18, 2006

segunda. manhã começa com os santos arrastando móveis e jogando água aqui pra baixo. adoro. se pudesse deixava ficar assim o dia inteiro. adoro trovoadas. desde pequena. enquanto uns choravam e resmungavam elas me fortaleciam. sensação boa demais pra ser descrita. deixa estar. tenho problemas que precisam ser resolvidos logo. mas não sei como. mosquito mordeu minha mão. entre os dedos. coça pacas. escrevendo e me coçando. vou tomar uma xícara de café com leite quentinho. pão com manteiga. segunda. a roda gigante gira.

domingo, setembro 17, 2006

b. dylan

" Beyond the horizon, behind the sun
At the end of the rainbow life has only begun
In the long hours of twilight 'neath the stardust above
Beyond the horizon it is easy to love
I'm touched with desire
What don't I do?
Through flame and through fire I'll build my world around you
Beyond the horizon, in the
Springtime or Fall Love waits forever, for one and for all
Beyond the horizon, across the divide
'Round about midnight, we'll be on the same side
Down in the valley the water runs cold
Beyond the horizon someone prayed for your soul
My wretched heart is pounding I felt an angel's kiss
My memories are drowning In mortal bliss
Beyond the horizon, at the end of the game
Every step that you take, I'm walking the same
Beyond the horizon, the night winds blow
The theme of a melody from many moons ago
The bells of St. Mary, how sweetly they chime
Beyond the horizon
I found you just in time
It's dark and it's dreary
I've been pleading in vain
I'm wounded,
I'm weary
My repentance is plain
Beyond the horizon o'r the treacherous sea
I still can't believe that you have set aside your love for me
Beyond the horizon,
'neath crimson skies In the soft light of morning
I'll follow you with my eyes
Through countries and kingdoms and temples of stone
Beyond the horizon right down to the bone
It's the right time of the season
Somebody there always cared
There's always a reason
Why someone's life has been spared
Beyond the horizon, the sky is so blue
I've got more than a lifetime to live lovin' you "
( beyond the horizon - modern times - bob dylan ).