quinta-feira, agosto 31, 2006

estou até agora tentando entender a primeira cena da renata sorrah ontem. ok. ela é uma oficial de justiça. precisa de seguranças bla bla bla. agora, vamos combinar que aquela cena estava mais para o homem da máfia do que pra qualquer outra coisa. que lugar era aquele? que parafernália era aquela? gente, será que a produção da globo nunca ouviu falar em escola de tiro estas coisas...eu hein. toatalmente over. o filhinho pianista dela é fofo. mas o olhar é vazio. close nele o tempo todo e nada. nada acontece. seu manuel por favor!



" instalei minha mesa de datilografia perto da janela pequena que dá pra varanda da frente, e para lá das folhas de videira que fornece sombra à varanda começa a encosta pontilhada de casinhas brancas até onde a vista alcança. "

( dos diários de sylvia plath. benidorm, 22 de julho 1956 ).

minha mãe tinha um sweater de banlon. gola alta rosa fluorescente. usava um perfume que permanecia por tempos na roupa. acho que era 'calandre'. engraçado, das poucas lembranças que tenho da minha infância esta é tão presente. eu estudava no 'jacobina', meu primeiro inferno em vida. ela sempre ia me buscar de táxi. naquela tarde usava o tal sweater rosa e o perfume. no carro disse que havia uma surpresa em casa. uma coisa que eu ia adorar. quando chegamos, no meu quarto estava lá. uma mesinha cor-de-rosa com decalques de florzinhas. naquele final de tarde fui tão feliz. minha mãe sempre viveu assim. dias de presente. dias de ausência. perfumados por calandre.


a.h.

a seis anos atrás meu filho victor estava prestes a nascer. dezesseis dias até seu nascimento. dias difíceis. estava separada do leandro. minha mãe no auge das suas crises. mariana no início da adolescência. eu me sentia mal física e espiritualmente. passávamos por uma crise financeira cruel. não havia com quem contar. a não ser comigo mesma. cada dia era uma vitória. porque quando o dinheiro não entra, você acorda rezando para que nada de grave caia na sua cabeça nas vinte e quatro horas que estão por vir. o básico na dispensa é um presente de deus. os dias passavam. tudo o que eu mais queria era gritar por ajuda. victor nasceu. cheio de saúde. eram dias de muito leite e choro. estava sozinha. absolutamente. naquelas madrugadas com meu filho no colo, fechava os olhos fingia dormir para que mariana dormisse também. quando ela dormia abria os olhos e meus pensamentos estouravam na minha cabeça. leite. lágrimas. um pouco de sangue também. no fundo de mim havia a plena certeza de que aqueles dias de miojo, sanduíches, tarjas pretas e medo passariam. independente da ausência dele. independente da loucura da minha mãe. independente de mim. assim. a vida é independente. tudo passa. nem sei porque comecei a escrever tudo isso. bonjour.

" your ghost, inseparable from my shadow. "
( birthday letters, ted hughes. )

quarta-feira, agosto 30, 2006



gwyneth paltrow em sylvia.
sinceramente, esta é para mim a melhor de todas as cenas. a melhor. havia sylvia ali.



ted hughes e sylvia plath.

" por exemplo, posso tapar o nariz, fechar os olhos e pular cegamente nas águas interiores de um homem, submergindo minha personalidade até seus objetivos se tornarem meus, sua vida se tornar minha vida e assim por diante. um belo dia eu subo à superfície, meio afogada ou extremamente feliz com minha nova personalidade despersonalizada. ... recuso-me a fazer o que seria mais fácil para mim, a adotar a teoria de que "perder é encontrar" para viver na cega ignorância. ah! não! seguirei de olhos abertos, para minha tortura, e permanecerei totalmente consciente, resoluta, enquanto cortam e costuram e podam meus órgãos malignos queridos. "

( dos díarios de sylvia plath ).


" The leaves fly over the window and utter a word as they pass

To the face that leans from the darkness, intent, with two dark-filled eyes

That watch for ever earnestly from behind the window glass."
( at the window, amores - d.h.lawrence, 1916 ).

é de manhã. pouco de sol muito frio. leio d.h.lawrence. primeira vez. a spiritual woman. janelas se abrem a minha frente. choro. as palavras deste homem. rajada de vento forte no meu rosto. nem consigo respirar. viver é descobrir.



burt lancaster e deborah kerr - from here to eternity.

terça-feira, agosto 29, 2006

quase trinta de agosto. desejo insano de comer sushi. ai que a classe média é um tédio infinito.

" fiz com que sua figura usasse máscara diferentes, brinquei com isso todas as noites e nos meus sonhos. peguei sua máscara e a pus em outras faces que me pareciam conhecer você quando andei bebendo. representei atos de fé para me exibir ... elementar, você não teve a sabedoria de me dar sua imagem. deveria conhecer sua mulher, e ser gentil. espera demais de mim; sabe que não sou forte o bastante para viver apenas no reino platônico abstrato , fora do tempo e da carne, do outro lado de todos esses espelhos. "
( dos diários de sylvia plath ).



anouk aimée e jean-louis trintignant - un homme et une femme, c. leiouch.

" toda unanimidade é burra." já disse nelson rodriguez em mais uma das suas frases de efeito. particularmente eu acredito que algumas unanimidades são burras mesmo. ponto final.

frio. chuva fina. adoro. assim como às vezes, gosto de me sentir febril.




"STILL let my tyrants know, I am not doom'd to wear
Year after year in gloom and desolate despair;
A messenger of Hope comes every night to me,
And offers for short life, eternal liberty.
He comes withWestern winds, with evening's wandering airs,
With that clear dusk of heaven that brings the thickest stars:
Winds take a pensive tone, and stars a tender fire,
And visions rise, and change, that kill me with desire.
... "
( the prisioner - emily bronte ).



a.a.

segunda-feira, agosto 28, 2006

nos tempos de sion tive a maior e melhor professora de francês que um aluno pode desejar: mme. simone. uma francesa poderosa. uma grande mestra mesmo. mas eu morria de medo dela e de preguiça de francês. então sei apenas o basiquinho. agora quero ler e não compreendo muita coisa. então, parti para os filmes. e para a música. com dicionário ao lado. doce ilusão. minha mãe amava o francês. foi aluna de mme. mas foi esperta. aprendeu. amava anouk aimeé e assistia aos filmes de truffaut e tudo mais. na minha memória fica o que ela contava e falava em voz alta pensando sozinha como sempre. assim, através da memória da minha mãe vou resgatando aquele fio da meada que perdi em algum canto da casa. correndo atrás do tempo perdido.

tentando encontrar as poesias de emilie bronte. conselho de mme. lispector.

segunda. preguiça. levantar da cama. escovar os dentes. escovar os cabelos. primeiro xixi do dia. mudar de roupa. tomar café. fazer pesquisa com o victor. banho nas crianças. banho em mim. almoço das crianças. levar os dois pra escola. voltar pra casa. almoçar. arrumar a bagunça do final de semana. ouvir besteiras na televisão. esperar o mês finalmente acabar. quase cinco. ir buscar as crianças na escola. aula de futebol do victor. padaria. lanche. novela. novela. jornal. horário político. novela. dormir. sonhar. amanhã é terça.



henri serne , jeanne moreau, oscar werner. jules et jim, truffaut.

domingo, agosto 27, 2006

não tem pra ninguém. a mais linda da novela das nove é a letícia sabatella. uma mulher que consegue ficar linda vestida de freira é o que? a mais linda.

" a vida offline dá preguiça ", assim falou rosana hermann no querido leitor . ontem segundo meu provedor o sinal da internet ficou fraco. logo, fiquei offline até poucos minutos atrás. final de semana. absolutamente nada pra fazer. final de mês. tv a cabo lotada de reprises. aff. rosana hermann tá cheia de razão.

" eu, alquimista de mim mesmo. sou um homem que se devora? não, é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos meus modos de existir. vivo de esboços não acabados e vacilantes. mas equilibro-me como posso entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o deus. vivo em escuridão da alma, e o coração pulsando, sôfrego pelas futuras batidas que não podem parar. "
( clarice lispector ).

sábado, agosto 26, 2006

a.m.

sexta-feira, agosto 25, 2006

então hoje logo depois do almoço enquanto as crianças desligavam uns trinta minutos dei muita risada. na minha paixão recente youtube tem trocentos videos dos erros de gravação de friends.
passei mal de rir. tipo bobeira mesmo. chapada na frente do monitor, fone de ouvido e risadas de dar dor na boca do estômago. se friends certinho é bom, errado então é bom duas vezes.

no dia em que eu nasci plutão estava em virgem. segundo o astrólogo esta passagem 'retira a minha timidez'. vou te contar sou tímida. muito tímida mesmo. do tipo que é confudida com antipática, esnobe estas coisas. e agora que plutão não é mais planeta? o que vai acontecer com a minha timidez?

podem me chamar de recalcada coisa e tal mas vou falar assim mesmo. dizer que a juliana paes é linda é over. gente que olhos são aqueles? vamos combinar que a moça tá mais pra mulher sapa do que pra modelo de beleza. isso é pra gente ver que compramos qualquer coisa que nos empurram. prestatenção!

então a casa está plantada no meio de um grande jardim. a cada dia que nasce este jardim está plantado num lugar diferente. a casa é sempre a mesma. o jardim é quase sempre o mesmo. mas o outro lado do portão nunca é o mesmo. colocar os pés para fora da porta é sempre um desafio. porque se hoje há um canteiro de margaridas amanhã poderá haver cravos...já o outro lado do portão...

a.p. e g.k.

quinta-feira, agosto 24, 2006


joss stone
vinte anos. canta como gente grande. assistindo a um show dela, bate aquela inveja branca. como deve ser maravilhoso, quase que libertário cantar. yes, cantar.

o dia passa lentamente. crawlin'. do outro lado do oceano há vida.



audrey hepburn

quarta-feira, agosto 23, 2006

oito da manhã. por aí. você está rodando pelo quarto que nem barata tonta pensando por onde vai começar seu dia. ana maria braga na televisão comemora o aniversário da cachorrinha que dizem por aí recebe dez mil pra aparecer na tevê. recebe convidados. todos cães. já que o salário é alto não custa nada sentar no chão pra receber seus convidados. ana maria braga toda de negro às oito da manhã. eis que a natureza segue seu caminho. o poodle pára atrás da apresentadora, acredita ser um poste e aí... xixi na ana maria braga. ao vivo a cores em rede internacional. ela se acaba de rir. fazer o quê?! quer saber? eu também não estaria nem aí. recebendo o salário que ela recebe mais o plus da cachorrinha, xixi de poodle não é nada mais nada menos que ossos do ofício. como diria joaq... surreal man!

terça-feira, agosto 22, 2006





o não saber definitivamente me perturba. o fato de não conseguir colocar em prática aquilo que guardo em mim. fervendo. anotei minhas preferidas. as nove. cesar. plath. lispector. meireles. sexton. spanca. dickinson. mansfield. woolf. imagino as nove dormindo em uma mesma casa. noite após noite durante décadas. sono profundo de bela adormecida. até que chega o momento em que todas acordam. num mesmo tempo. portas vão se abrindo. elas se encontram num corredor. aos poucos vão se descobrindo umas as outras. convívio. diário. duro. o dia a dia destas nove mulheres. trocas. a idéia trava aqui. não consigo ir adiante. como se estivesse batendo em uma daquelas portas trancadas naquele corredor. limitações. aceitá-las. assim.



mariana. dezenove. ou seria nove?!

eu não preciso disto.
você não precisa disto.
nós não precisamos disto.
perca o medo.
solte a voz.
agora.
diga não.
grite:
NÃO!

segunda-feira, agosto 21, 2006

dia destes me sentia aborrecida. chateada. cansada. de tudo mesmo. dos dias iguais. das horas previsíveis. assim estava aborrecida. enquanto lavava os pratos pela enésima vez gritava comigo mesma sem que ninguém escutasse. as escolhas. porque fiz determinadas escolhas. será que tenho tempo de fazer novas escolhas. e... e... e... aquele dia passou. tudo passa. ontem, mergulhada no diário de sylvia cheguei a página 137. e me deparei com o que vou copiar agora. o desabafo de uma grande mulher aos dezoito anos:
" terça- feira, 18 de novembro: a gente é crucificada pelas próprias limitações. suas escolhas cegas não podem ser mudadas; tornam-se irrevogáveis. você teve suas chances; não soube aproveitá-las. chafurda no pecado original; suas limitações. ... pela frente há uma série imensa de becos sem saída. está meio-resolvida, meio-desesperada, perdendo o poder sobre a vida criativa. está se tornando uma máquina neutra. ... cada pensamento é um demônio, um inferno - se pudesse fazer tantas coisas novamente, ah, como faria tudo de modo diferente! quer ir pra casa, retornar ao útero. ... " ( sylvia plath ).
assim li e reli. várias vezes. fechei o livro. não havia nada mais para ler. só pensava em como a vida pode ser. alguém escrever seus sentimentos em um novembro de1950 que atingirá alguém de forma tão...tão...enfim, cinquenta e seis anos depois. aí estão meus sentimentos by mrs. sylvia plath.

joaq

então ele está no brasil, participando deste projeto 4real - yawanawa. olha só ele desembarcando em manaus. pra ele tudo é tão assim surreal man ... é por isso que amo joaq.

segunda. oito e pouco. ontem fui deitar cedo. nem assisti ao fantástico. sentia uma tontura muito estranha. fui dormir. sonhei. nem me lembro com que. tudo bem. ontem caminnhei bastante no diário de sylvia. acho que nunca houve uma leitora tão apaixonada por sylvia. ao mesmo tempo estou descobrindo nothomb. graças que este mundo é grande. ainda há montes para serem descobertos. vou tomar chocolate quente. está friozinho. ontem trovejou e choveu. aquele cheiro de terra molhada. nossa que há lembrança de algo que não me lembro quando troveja. não lembro mas sinto que é bom sentir. o leite está quente. vou lá tomar. té mais tarde. bonjour.

domingo, agosto 20, 2006

marina diz que joaquin phoenix está no acre. no acre. e eu aqui. doidinha pra ir pro acre.

minha emily 'the black cat' dickinson sumiu por dois dias. rodei a rua, catei no jardim. chamei, chamei e nada dela aparecer. decidi me acalmar e esperar. gatos são seres especiais. ficam invisíveis quando querem e só tornam-se visíveis novamente quando desejam. ainda há pouco o zelador chamou dizendo que ela apareceu na casa do síndico. miava e não deixava ninguém chegar perto. leandro foi buscar. coração feliz o meu. volta com ela nos braços tremendo tadinha. então ele começa a contar a sessão abobrinha de domingo. síndico: por favor tira este bicho daqui. detesto gatos. não preciso passar por isso. leandro: tudo bem jefferson ( o que passa na cabeça de um pai, uma mãe ao colocar o nome de um filho de jefferson? ah! tá...), ela é pequena deve ter escapulido. me desculpe tchau. mas o cara continua, é sempre assim: vou mandar colocar veneno aí fora. detesto gatos. neste ponto da história fechou meu tempo. calcei minhas havaianas e bati na casa do tal jefferson. boa tarde. meu marido me contou do problema com nossa gatinha. enfim, gostaria de informar ao senhor que, se qualquer um dos meus animais aparecerem mortos, vou direto à delegacia mais próxima. afinal, o senhor que é tão politicamente correto, policial federal ( aff...) nos ameaçar assim? o senhor está avisado. passar bem. meia volta entro em casa. pego minha gata negra no colo. paz do mundo por minutos. e me pergunto: quem este jefferson pensa que é afinal?



todas as vezes que eu chego no blog dela tenho aquela boa sensação de estar chegando na casa de uma amiga. sabe aquela que tem sempre um sonzinho tocando, um café...impressionante mesmo. sem contar que a moça tem umas receitas que uau!!! blog com cara de cheiro de lavanda!

hoje é domingo e eu nem li o jornal. também pra que né?! é sempre tudo igual...

janis at studio. aqui.

nossa que eu adoro este youtube. ontem assisti a cada coisa. cada video. uau uau!

nada pior que não saber seguir comandos. tipo colocar novos endereços na minha listinha do blog. então tá. fui colocar um link para minhas fitas de vídeo e puft! apaguei todo o blog. pânico e terror. que tipo de pessoa eu sou que em pleno séc. xxi não consigo apertar um botão, escrever um título, apertar outro botão e prontinho! enfim, fiquei passada a tarde inteira até que ela chegou de noitinha me acalmando: 'sorte sua que tenho tudo seu guardado'. nossa que ela não existe. então estamos sãos e salvos. e meus vídeos estão na prateleira ali do lado. ufa!

sábado, agosto 19, 2006



b. dylan



" como explicar a bob que minha felicidade depende de arrancar um pedaço da minha vida, um fragmento de aflição e beleza, e transformá-lo em palavras datilografadas numa página? como poderia entender que justifico minha vida, minhas emoções ardentes, meu sentimento, ao passá-la para o papel? "

( dos diários de sylvia plath )

sexta-feira, agosto 18, 2006



na minha janela é noite. aqui dentro ainda é meio-dia. desencontros naturais.




se você parar pra observar é incrível como num espaço tão pequeno cabem todas as coisas boas da sua vida. meus filhos, meus livros, minhas músicas ... e isto já foi até tema de música.mas enfim, o bom é para todos. então téjá que agora vou comer brigadeiro assistindo um dvd bem água com açúcar. é sexta-feira, a tarde está linda e minha alma está completa. depois eu volto.



assim se faz a felicidade. presença. acabei de ganhar. e chegou de porto alegre. presente da minha amiga de adolescência andrea. com quem já troquei tantas cartas, tantos sentimentos. assim se faz a felicidade. andrea, merci!

todo mês é isto. santa e sábia natureza alguns dizem. mais ou menos. alguém por favor me explique para que uma mulher de quarenta e três anos precisa passar por mais um período de tpm, sentir cólicas abomináveis e menstruar. alguém aí faz favor de me responder, por favor?!

quinta-feira, agosto 17, 2006

amo sylvia plath. amo mesmo. e sim, ela se matou. entrou na cozinha. trancou a porta. vedou o ambiente cuidadosamente. acendeu o gás do forno. ajoelhou-se. deitou a cabeça no forno. respirou o gás. partiu. mas não é o suicídio que me faz amá-la. é seu pensamento. sua forma. suas palavras. diretas. retas. secas. e, ao mesmo tempo molhadas de vida. de tudo o que ela despeja na gente. estou lendo seu diário que começa quando sylvia tem apenas dezoito anos. dezoito anos. e, os pensamentos jorram. conclusões, dúvidas, desejos, descobertas. tudo. intensamente observado. vivenciado. sylvia é muito mais que uma suicida. aquela maluca perturbada que se matou. é uma poeta. de verdade. não estava de brincadeirinha. e sabe aquela frase, pensar enlouquece? pois é...vai ver foi isso. ela cansou de tanto pensar. sozinha.

ando com uma insônia daquelas. tipo vou deitar às onze e tal e lá pela uma e meia da manhã acordo como se já tivesse amanhecido. e ainda é noite. todo mundo dorme. eu lá acordada tentando encontrar um jeito de dormir. na hora do almoço ela me liga e grita pra eu atender na
secretária ( uma das maiores invenções do homem: secretária eletrônica ) aí corro e atendo. esta minha amiga totalmente doida e totalmente certinha ao mesmo tempo. me chama para ir à igreja messiânica com ela, receber o jorei. eu vou é claro porque tudo que joga pra cima é aceito.
interfone toca entro no carro. prancha de surf, mulher de uns quarenta e tantos, mãe de filha adolescente, filha de milico me ordena: coloca este cinto já. hilária esta minha amiga. chegamos no igreja e ela me leva ao ministro. um japonês. de verdade. direto do japão para cabo frio. falando fluente o português. o tal ministro é um caso à parte porque diante dele eu percebi como nós somos absolutamente, totalmente diferentes dos orientais. e me bateu aquela inveja branca.
ele me pergunta no que pode ajudar, eu falo da minha insônia e dos meus sonhos coisa e tal. ele me explica que nós estamos diretamente ligados a todos os nossos antepassados que já se foram. e não são somente pai, mãe, avós, avôs, bisas não. estamos eternamente ligados a todos, todos os nossos antepassados e que, quando somos vinte quatro horas felizes aqui eles são lá e vice-versa. não gostei nada disto. que coisa. como assim a minha felicidade está ligada a eles? se eles ficam felizes eu fico feliz, se eles ficam infelizes eu fico também? que isso...sei que fiz cara de ah! não. não me venha com esta senhor ministro. foi então que ele emendou a conversa dizendo que sim, há uma forma de libertação desta dependência, se é que este é o nome. receber o jorei como doses homeopáticas, duas três vezes por semana. assim, muita coisa irá melhorar na minha vida. mandou que eu pegasse uma cadeira e sentasse na frente dele. me posicionei e ele começou o jorei. que nada mais é que um passe como no espiritismo. enfim, rodamos rodamos e sempre caímos na mesma coisa. quinze minutos. fim. ele pergunta se senti alguma coisa. não. nunca sinto nada. conheço pessoas que descrevem as mais incríveis sensações. ok sou um freezer brastemp.
mas senti sono. afinal. me despedi do sr. ministro. entrei no carro com ela. tá melhor? ela me perguntou esperando, coitada um sim tipo eu encontrei a luz. disse sim, que estava morta de sono. ela sorriu tão alegre. disse que a filha estava com catapora, parou o carro na esquina da escola e perguntou se ali era legal pra mim. claro que era. foi embora. feliz da vida. eu também pelo menos agora estou com sono. muito sono. foi o jorei.

s.p.

" posso escolher entre ser constantemente ativa e feliz ou introspectivamente passiva e triste. ou posso ficar louca, ricocheteando no meio."

" how hard it is to scape from places. however carefully one goes they hold you - you have little bits of yourself fluttering on the fences...little rags and shreds of your very life..."
( para ida baker, 1922 - katherine mansfield ).

mariana tem dezenove anos. cabelos vermelhos. dois piercings. uma futura tatoo devidamende desenhada por ela. adora fotografia. mangá. vai fazer vestibular pra direito. é igual e diferente de todas as garotas da idade dela. ontem quando cheguei em casa me chamou e mostrou esta página na internet. quer ir a uma rave. e chega com aquela conversa "pô mãe todas as minhas amigas vão, já foram a várias...esta rave é o máximo, este dj é o máximo... deixa vai..."então tá. disse que ia pensar coisa e tal. porque a resposta assim de cara é não. porque não e pronto. mas eu sei bem o que é ter dezenove anos. querer fazer parte. experimentar, conhecer coisas novas. parada aqui no meio do caminho estou entre o sim e o não. filhos crescem. conquistam as chaves de casa. e saem.

em 2002 entreguei as chaves do meu apartamento no leme. peguei minha famíla e sem olhar pra trás fui embora do lugar onde nasci, onde dois dos meus três filhos nasceram. descemos o elevador e até logo. casa nova, vida nova em búzios. maior engano. apesar da casa. apesar da vista pra praia de geribá. um lugar one size fits all não serve pra mim. o meu tamanho é o meu tamanho. sofri horrores no balneário falsamente chique. em 2005 vendemos a casa. quase dei festa. soltei fogos. bebi todas. seis meses depois desembarcamos aqui. cabo frio. o lance da gente se mudar é que, em alguns casos estamos definitivamente tentando mudar a vida. sabe como é? então. cheguei aqui e não conheço absolutamente ninguém. na minha agenda telefônica somente telefone de farmácia, tv a cabo, eletricista, mercadinho. não conheço ninguém. não sei o que acontece. você fala com uma pessoa num dia no outro ela passa e nem te olha. pior pra mim que sou tímida. que não consigo passar ignorar estas coisas e mandar um oi junto com um sorriso pra ver no que vai dar. sinto falta de gente. pra sentar. conversar. sair por aí. então você convida uma pessoa que mora pertinho pra tomar um café e ela te ignora solenemente. nem te responde. mudei de casa, mudei de cidade mas não mudei de mim. ainda gosto das pessoas. vou continuar tentando.

quarta-feira, agosto 16, 2006



quarta-feira, duas e pouco da tarde. depois do almoço. passeando de carro. respire. inspire e expire. a vida é boa. ela é exatamente aquilo que faço ela ser. assim. simples assim. respirando...


" creio haver gente que pensa como eu, que pensou como eu, que pensará como eu. haverá aqueles que viverão ignorando minha existência mas darão seguimento à minha atitude, como eu, por assim dizer, dou sem saber continuidade à atitude similar dos que vieram antes de mim."
( dos diários de sylvia plath 1950-1962 ).

terça-feira, agosto 15, 2006





correio. que atualmente não me traz apenas dívidas a serem pagas. correio. que traz vida de fora. me chamaram na janela. dona alba! correio pra senhora. e lá estava. para mim. presente. que ela me mandou. vindo lá de são luis do maranhão. alguém lembrou de mim. pensou em mim quando assistia a rainha. sim, porque é assim que bethânia foi, finalmente chamada hoje: rainha. poderosa. absoluta. quando tinha uns dezesseis, comprei um lp de bethânia. um show gravado no canecão. e ela cantava e recitava poemas..."brigam espanha e holanda pelos...do mar...o mar é de quem..." enfim, e passava tardes e tardes escutando bethânia cantar. exatamente como estou fazendo agora porque dona aurora da graça lembrou de mim. também esperar o que de alguém que atende por este nome: aurora da graça. muito, muito obrigada! por tudo. sempre.

ainda charlie brown. fui falar nele e continuo pensando e me sentindo charlie brown. aí, estava olhando pra televisão sem som com a imagem deste tal de crivella e puft...meu pensamento vazio se encheu de lembrança. de quando meu tio chegava dos eua com a mala lotada de coisas do snoopy. aquela vez que ele trouxe umas flâmulas destas de feltro coloridas.em cada uma um personagem diferente e a do charlie brown era verde...e eu imediatamente coloquei na minha parede.havia uma frase embaixo que, na época senti mas não compreendi " i feel the need to have a feeling that it's good to feel alive..." agora me pergunta porque não me lembro de tantas coisas que aprendi no colégio e lembro desta frase tão claramente depois de uns trinta anos...porque aos nove, dez anos eu já sabia melhor, intuia que esta frase é o melhor resumo da pessoa que eu sou. esta frase é a minha essência colocada em palavras. a flâmula? perdi. não sei aonde foi parar. melhor. sei. a flâmula que antes estava pendurada na parede do meu quarto de menina agora está aqui. pendurada dentro de mim.

"Vida, modo de usar: aos trancos e barrancos. "
não resisti. copiei e colei dela.

acabou a novela e fui deitar. incrível como a marta está conseguindo se tornar a personagem mais verídica da história. ontem senti pena dela. da solidão. do amor represado. de tudo. eu gosto e detesto a marta. mas deixa isto pra lá. fui deitar. acordei lá pela uma da manhã. não dormi mais. insônia. liguei a tv. acabei assistindo a um filme com a madonna, tipo lagoa azul. aff.
o que passava pela cabeça dela quando decidiu participar deste filme. sono novamente. lá pelas quatro. dormi. sonhei com certeza mas não lembro mesmo. deve haver alguma razão. acordei novamente às seis e pouco com as crianças. não estou cansada. apenas sonada. mas dava tudo por um remedinho natural. acho que hoje eu dava um tapa na pantera.

segunda-feira, agosto 14, 2006



eu não disse?!

queria ser menos charlie brown.

tudo em branco tudo em branco tudo em branco....................................................................................

vontade de cortar o cabelo. modelo redical. tipo quem é esta pessoa no espelho afinal?

k.m.

re-compor, re-construir, re-começar. vou mostrar pra eles que eu sei como me re-erguer.

( up date: gente, estou falando da kate moss tá?! )

segunda-feira de um inverno nem tanto assim. anouk aimèe e jobim. all that's left is to say goodbye. a vida é bela. vou vivê-la. merci!

"Queremos um sistema carcerário com condições humanas, não um sistema falido desumano no qual sofremos inúmeras humilhações e espancamentos. Não estamos pedindo nada mais do que está dentro da lei. Se nossos governantes, juízes, desembargadores, senadores, deputados e ministros trabalham em cima da lei, que se faça justiça em cima da injustiça que é o sistema carcerário: sem assistência médica, sem assistência jurídica, sem trabalho, sem escola, enfim, sem nada. "
então após assaltar, assassinar, violentar, sequestrar eles querem. eles querem a lei! querem tudo aquilo que nós, trabalhadores pagamos para ter e não temos. o meu imposto que é descontado mensalmente direto do meu contra-cheque deve pagar casa, comida, médico, escola, advogado e ainda pagar salário para eles. então tá. olha aqui, não sou politicamente correta. não tenho pena desta gente. nem quero saber da estória trágica de cada um. sei que a mãe da gabriela, assassinada dentro do metrô do rio de janeiro numa tarde está sem a filha. e este é só um caso, um exemplo. lugar de bandido é na cadeia. não tenho pena deles. assim como eles não tem pena de mim ou de você. como eles mesmo dizem no final da carta: " a luta é nós e vocês "

domingo, agosto 13, 2006

peguei o telefone e disquei. 031-21-25212087. ninguém atendeu. ele não está mais lá.

ninguém mandou flores para o coronel. houve apenas um botão de rosa. e um poema de vinicius.

ele diz que dramatizo tudo. não está compreendendo nada. ok, i'm the drama queen.

enquanto isso em gothan city: pcc na tela da globo. era isso ou a vida dos repórteres sequestrados. e agora batman?

domingo. dia dos pais. meu pai está morto. mas e daí? tem gente que já nasce sem pai. seria mentira se dizesse que tenho lembranças incríveis dos meus dias dos pais. não tenho. em quarenta e um anos de vida que tive meu pai, se estive com ele nesta data umas seis, sete vezes sei lá, foi muito. mas é claro que estou pensando nele. pensando em como seria bom eu ter hoje, coisas para me lembrar. e não tenho. feliz dia dos pais.

sábado, agosto 12, 2006

quando ele assovia pela casa todo ar se enche desta felicidade infantil. leveza.

você saca que sua vida está o ó quando nenhum dos seus contatos está on line no msn...

camiseta personalisada: P2RX7 unplugged.

será que o meu gene P2RX7 veio com defeito?

sting. sting cantando e eu rebolando na cadeira. sting.
***

tudo bem. eu sou bobinha. tolinha. mas eu cresci assistindo a sessão da tarde quando era boa e ia dormir assistindo a sessão coruja. lembro até da célia biar com o gato apresentando o filme, aff. então assumo. gosto demais de filmes água com açúcar. acabou de passar uma chamada de um filme com k.reeves e sandra bullock...a casa do lago. romance puro. tipo eles estão longe um do outro, ela está no ano 2006 e ele no ano 2008 sacou?! uau! logo eu que acredito em mundos paralelos e tudo mais. água com açúcar e mundos paralelos...
***
tem coisa tão boa quanto cheiro de cachorro filhote?!



sábado. dia de ir pra rua. bater perna. ir pra praia. gastar o dia. fazer coisas. livre. free. fazer da vida se possível um show tipo a madonna aqui live em nova york... let's hung up people!!!

sexta-feira, agosto 11, 2006

madonna e o cavalo. esta foto está guardada numa pasta a algum tempo. porque gostei da foto. e de tudo aquilo que ela pode estar dizendo. você sabe, madonna não dá ponto sem nó. e hoje pela manhã relia alguns poemas de plath entre eles olmo:" o amor é uma sombra. como você chora e mente por ele. ouça: estes são seus cascos: fugiram, como cavalos." e quando abri a foto na tela fiquei olhando por algum tempo e pensando. no cavalo, madonna, plath e seu poema e em mim. principalmente em mim. porque você sabe as coisas são tão absolutamente diferentes para cada um de nós. cada um enxerga o que deseja. então, o cavalo é tudo aquilo que precisa ser domado, domesticado, acalmado. tudo aquilo que existe de selvagem dentro da gente. não obedece a comandos. ou ordens. quando chicoteado empina, te joga no chão. cavalos selvagens, leoas ferozes, monstros assustadores. todos os nossos habitantes. que com o tempo somos forçados a ficar frente a frente. chicote na mão...enfrentando. com certa urgência. sempre. só para variar.

Santa Clara, ilumina os passos
Daqueles que buscam a claridade!
Amém!......
Santa Clara, ilumina os passos
Daqueles que buscam a claridade!
Amém!



madonna.

" dentro de mim mora um grito.
de noite ele sai com suas garras, à caça
de algo pra amar.
sou aterrorizada por essa coisa negra
que dorme em mim;
o dia inteiro sinto seu roçar leve e macio, sua maldade.
..."
( olmo, sylvia plath, abril de 62.)

abrir os olhos. acordar. recomeçar.

quinta-feira, agosto 10, 2006

se antes eu já gostava...eu quero o caco ciocler pra mim!

de uma hora para outra cuspo as palavras. que queimam. fogo. quase um dragão. minutos depois nem sei quem sou. mas estas transformações tão rápidas e fortes, cansam. arranham. ardem. em mim. quem eu amo. tudo o que eu queria....respirar.




conversando com ela.


senhoras e senhores: toffie.

sasha na capa da caras. assustador.
***
revelada a idade de gloria maria: 56 anos. agora que ela não sai do hospital mesmo.
***

procura-se.



berthe morisol

quarta-feira, agosto 09, 2006

" o cérebro é mais amplo que o céu."
( emily dickinson ).
quando eu era garota, meu quintal era a praia. acordava tomava café e ia pra praia. uma vez cheguei na areia e percebi que estava com meus chinelinhos de dormir. assim foi minha infância, adolescência e boa parte desta vida madura que levo agora. a praia era o meu quintal. me recebia nos momentos felizes e naqueles aonde tudo o que se deseja é solidão. silêncio. paz.
nestes momentos deitava na areia com meus olhos virados para o céu. e... uau!!! sem piscar só olhando para o céu. assim. parada. me perguntava se havia um final para tudo aquilo. sem resposta. porque não era até ali na lua. ou naquela estrela. meus olhos chegavam no fundo inexistente do céu. eu ali hipnotizada. o tempo passava e continuava. os meus olhos assistiam exatamente a isto. exatamente neste lugar. o quintal da minha vida. e esta frase de mrs. dickinson.



e assim como neste céu azul. anil. a vida é tão boa. soft. escutando bebel gilberto so nice!

fui ao rio-sul no sábado de manhã. pequenos pedidos das crianças. vitrine de joalheria. tudo bem que eu nunca fui tarada por jóias. minhas amigas sempre conheciam aquelas mulheres que iam em casa carregando saquinhos de veludo lotados de jóias que eram vendidas a prestação anotadas em fichinhas. eram verdadeiras festinhas. eu estava lá mas aquilo não me deixava tão eletrizada. tão eu preciso ter este anel coisa e tal. a única vez que pirei foi com uma mulher que vendia prata. maior figura. pulseira e anéis. nooossa. saí da casa não me lembro de quem com umas quatro pulseiras fantásticas num braço só. e um anel incrível. prata. ouro nunca. acho ouro totalmente desnecessário. cafona. over. mas enfim, estava eu no rio-sul e parei na vitrine de uma joalheria. e aquele colar. uma fita de brilhantes pequenos assim um atrás do outro. curtinho.
e naquele momento pensei como seria bom ter uma carteira cheia de dinheiros pra comprar aquele colar. e usar com minha camisa preta. e usar com minha hering branca e jeans. fiquei pensando como deve ser ter tanto dinheiro a ponto que um colar daquele, numa manhã de sábado, não faria diferença alguma. tipo vou ali comprar frutas e volto já. fui embora batida, nunca gostei de jóias mesmo.

olha aqui. não entendo de política. mas adoro heloísa helena. e ontem no jornal nacional, uau! bonner de gravata cor de rosa, e fátima sempre sendo tão educada e polida coisa e tal. não deu pra eles. outra praia. só deu ela. no final bonner com aquela cara de homem que não se mete em briga de mulher e fátima quase caída da cadeira. noossa que deu tudo errado pro casal jn. só deu heloísa helena. a-do-ro!

novela das oito ( isso é coisa de gente das antigas mesmo! ), mãe acaba de enterrar a filha depois vai pro supermercado. básica. flashbacks ok ela pode não ser tão megera assim. seja bonzinho telespectador e compreenda a mãe desiludida pela vida. mas não tem jeito. acho que na verdade ela não é basicamente má. é azedada. sabe como é? todos os planos foram pelo ralo abaixo. e a vida caiu naquela rotina torturante. limão azedo. gente assim acaba sendo confundida mesmo. ontem eu quase compreendi a personagem. quase.

ontem a noite. lua incrível. imensa. pendurada no céu como um lampião gigante. tudo passa. menos a lua.

henri cartier-bresson, 1932

terça-feira, agosto 08, 2006

mente vazia. pizza de chocolate. guaraná. edredon. novela. que coisa.

esta menina é corajosa.

no fundo sou uma mulher romântica. sempre fico com aquele sorriso pendurado no canto da boca quando assisto ao final de notting hill. no fundo quero mesmo é romance. só isso.

às vezes a gente se encontra nos lugares mais inesperados. arrepio na nuca.

" o que importa é o futuro - pois a gente nunca chega lá, continua no presente - como a rainha branca que precisava correr como o vento para permanecer no mesmo lugar."
( sylvia plath - os diários de sylvia plath 50/62 - pág. 38 )

segunda-feira, agosto 07, 2006

sonada.

preciso resolver, de uma vez por todas meu problema com as vírgulas e os porquês.

novamente este sonho desagradável. pesadelo brabo mesmo. desde garota este sonho me aterroriza. estou no mar. lá dentro. fundo. de repente ondas. uma atrás da outra. imensas apavorantes sufocantes. algumas vezes consigo me safar. outras não. como desta vez. caldo
cinematográfico e acordo apavorada com falta de ar. seja lá o que freud irá explicar, estes sonhos sempre sempre serão aterrorizadores demais pra mim. ufa.

pilhas mangueira cd virgem arroz vela 7 dias incenso congelados lancheira nova para pippin lavanderia conta de luz extrato tirar dinheiro marcar escova de chocolate bike mariana ginecologista lentes de contato ...

Oração a São Jorge
Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
São Jorge Rogai por Nós.


ontem estava lendo a janaina e no final do post havia um pedacinho desta oração. ela me chamou tanto a atenção. sei lá, me bateu assim de frente. foi quando percebi que, tenho imagem, santinho, vela, camiseta mas não tinha a oração. que eu conhecia mas não havia anotado em lugar nenhum. é uma das orações mais lindas. agora vou acender uma vela pro meu são jorge. guerreiro. pra que ele me ilumine e fortaleça. e que eu vença todos os meus dragões particulares.

domingo, agosto 06, 2006



meu bom leme. ah! se estas pedras falassem...

( foto de: eulina )