quinta-feira, agosto 17, 2006

amo sylvia plath. amo mesmo. e sim, ela se matou. entrou na cozinha. trancou a porta. vedou o ambiente cuidadosamente. acendeu o gás do forno. ajoelhou-se. deitou a cabeça no forno. respirou o gás. partiu. mas não é o suicídio que me faz amá-la. é seu pensamento. sua forma. suas palavras. diretas. retas. secas. e, ao mesmo tempo molhadas de vida. de tudo o que ela despeja na gente. estou lendo seu diário que começa quando sylvia tem apenas dezoito anos. dezoito anos. e, os pensamentos jorram. conclusões, dúvidas, desejos, descobertas. tudo. intensamente observado. vivenciado. sylvia é muito mais que uma suicida. aquela maluca perturbada que se matou. é uma poeta. de verdade. não estava de brincadeirinha. e sabe aquela frase, pensar enlouquece? pois é...vai ver foi isso. ela cansou de tanto pensar. sozinha.