sábado, setembro 30, 2006

leva a mal não mas a produção de arte de páginas andou meio sem criatividade na gravação destas cenas que exibiram hoje. todos os cenários tinham velas acesas. uma coisa. deviam inventar uma viagem pra personagem da ana paula arósio. nossa que tédio a eterna afetação desta pessoa. cruzes. o casal emo é bonitinho. mas totalmente fora de tudo o que eu já vi na minha vida de mãe de adolescente. agora me digam. de que morreu a filha da regina duarte? aonde está o primeiro marido dela? porque a marta foi expulsa de casa aos dezesseis? o tide tem uma fazenda. e pelo o que entendi a uns quinze anos não põe os pés lá. os filhos então não conhecem a tal fazenda. é por isso que o greg vai roubar ele. sem falar na regina duarte. caras bocas caretas sacudidelas de cabeça pra lá e pra cá. será que o diretor grita com ela? será que ele fala menos regina. menos. acho que não. mas o melhor de tudo é a menina que faz a clarinha. ai meu deus do céu. que coisa. mais tudo tudo tudo. depois dizem que anjos não existem. só ela já vale assistir a um capítulo sonolento como o de hoje. vou acender uma vela pra iluminar a imaginação do seu manuel. ele merece.

uma das melhores coisas da tv atualmente: sidney magal no anúncio do neutrox ... "se este lustre tivesse cabelo, se estes patinhos tivessem cabelo, se este microfone tivesse cabelo..."

scrap deixado no meu orkut: "Oi amigos do orkut e da vida, Peço à vocês que neste domingo votem no meu irmão Sergio Cabral 15 Governador. Para o Rio ficar muito melhor!!!um beijo, Claudinha. "

claudinha é minha amiga de colégio. estudamos no sacre-couer juntas. anos oitenta. nos re-encontramos no orkut. uma mulher inteligente, divertida, culta. mas nada nem ninguém é perfeito. fazer o que. acabei de ler este scrap deixado no meu orkut e fiquei de cara. respondo ou não respondo? fui até a página dela. um monte de pessoas babando ovo. aquelas coisas. sabe-se lá. o cara ganha coisa e tal... é bom ter amigo influente. cheguei a escrever uma resposta. mas apaguei. nela eu dizia que gosto demais dela, que admiro muito o pai dela, um cara que conhece música brasileira como poucos, a mãe dela uma pessoa incrível, forte. mas que, definitivamente, no serginho eu não voto mesmo. no início cheguei a cogitar a possibilidade. mas aí veio a foto. serginho ao lado de roberto jefferson num palanque. aí a casa caiu. realmente, não entendo lhufas de política. mas sei de pessoas. então já viu né? bem claudinha, não voto no seu irmão não. apesar dele já ser governador. apesar de saber que periga o próximo passo ser a presidência. meu voto vai para a senadora e acima de tudo juíza denise frossard. afinal de contas, diz-me com quem andas que eu te direi quem és. e que deus nos proteja.

sexta-feira, setembro 29, 2006

já saquei tudo. nem me alucino. nem me aflijo. nem me cobro mais. porque já saquei. nesta ainda não rolou. estou aprendendo. a juntar letras. juntar palavras. frases. nada muito demais. mas na próxima, estarei pronta. oh yeah!

estou quase terminando os diários de sylvia. pois é. levei mais de mês para ler. tudo bem que é um livro grande. mas é muito mais que isso. não é fácil. por ser um diário. não é nada fácil. por ser plath. e, durante a leitura fui me dando conta que, ali nas entrelinhas, ela me dava aula.
aula de literatura. então, autores desconhecidos foram se abrindo para mim. mrs. plath me dando aula. artes plásticas quando me apresenta giorgio de chirico. klee. hoje com a internet na ponta dos dedos me chega mais esta mulher adrienne cecile rich. não. não é uma suicida. morreu de vida mesmo a alguns anos. era lésbica. lutava pelos direitos da mulher.
grande mulher. foi difícil encontrar seus textos traduzidos. estes que foram postados consegui em citações em outros blogues, todos portugueses. assim que é. comer a maçã até o fim. e lamber os dedos no final. my teacher, mrs. plath.

" ... eu sei que lês este poema patrulhando o fogão
onde aqueces leite, uma criança a chorar-te no ombro,
um livro na mão
porque a vida é curta e tu tens sede
eu sei que lês este poema que não é na tua língua
pressuponho algumas palavras enquanto outras te
prendem à leitura
e eu quero saber quais são as palavras.
... "
( adrienne cecile rich - dedicatória ).

este jardim. existe forrado por orquídeas. coloridas. sensíveis. quase transparentes. donas deste aspecto assombroso. ameaçador. perfeitas. lindas. o certo no incerto. hipnóticas.
trazem, cada uma delas este princípio de ameaça cada vez que me aproximo. ...


"sentir o flamejante futuro
de cada palito de fósforo na cozinha
nada pode ser feito
senão aos poucos. transcrevo minha vida
hora por hora, plalavra por palavra
contemplando a ira das velhas no ônibus
contando estrias
de ar dentro dos cubos de gelo
imaginando a existência
de alguma coisa incriada
este poema
nossas vidas.
... "

( adrienne cecile rich - incipiência - tradução: olga savary ).



giorgio de chirico. hector and andromache, 1917.

" p.s. lembre-se - você é muito melhor que 9/10 do mundo, de todo modo!
amor,
syl. "

lembrete de sylvia plath para ela mesma. lembrete pra mim
( dos diários de sylvia plath ).

um barquinho de madeira no mar. mas consigo ver a praia. quando me viro e olho para dentro d'água a menina está afundando. vejo seu rosto descendo mais e mais. estico minhas mãos mas não a alcanço. enquanto ela afunda, lentamente surge este ser curioso. a sereia. que agarra minhas mãos e me atira na água. ondas. muitas delas. pavor. risos de sereia que me atira do alto das ondas. esqueci a menina. sereias nadando ao meu lado. a estranha sensação de estar voando dentro d'água. risos de sereias. risos meus. ondas. gigantescas. estou voando. estou nadando. risos dentro d'água. sereias. era um sonho. madrugada lisérgica.

venta. venta muito. não gosto. não compreendo. o vento.

quinta-feira, setembro 28, 2006

estou aqui. semana passada uma virose tomou conta do manuel e de lá pra cá foi black out total como minha querida mônica avisou para vocês. estou aqui. por hoje acho que não vou muito mais do que isto. mas amanhã estarei aqui. life goes on. témanhã!


a RP desse blog informa em edição extraordinária: dona alba regina pede para avisar que manuel, seu fiel escudeiro, está no cti em franca recuperação, aguardando alta.

ela estará de volta logo, logo.

aguardem e confiem!

* não confundam alhos com bugalhos: manoel é o nome do computador de ar
ué, não sabia? então ficou sabendo agora....

by Mônica

quarta-feira, setembro 20, 2006



acredito que AR esteja como a moçoila aí ao lado já que está sem poder usar o computador graças a praga chamada vírus.

tomei a liberdade de vir aqui e dizer aos leitores da minha sister que, por enquanto, estamos privados de seus posts.

não cortem os pulsos, não chorem e nem a abandonem.

ela volta....

by Mônica ( a invasora de blog alheio)

segunda-feira, setembro 18, 2006

segunda. manhã começa com os santos arrastando móveis e jogando água aqui pra baixo. adoro. se pudesse deixava ficar assim o dia inteiro. adoro trovoadas. desde pequena. enquanto uns choravam e resmungavam elas me fortaleciam. sensação boa demais pra ser descrita. deixa estar. tenho problemas que precisam ser resolvidos logo. mas não sei como. mosquito mordeu minha mão. entre os dedos. coça pacas. escrevendo e me coçando. vou tomar uma xícara de café com leite quentinho. pão com manteiga. segunda. a roda gigante gira.

domingo, setembro 17, 2006

b. dylan

" Beyond the horizon, behind the sun
At the end of the rainbow life has only begun
In the long hours of twilight 'neath the stardust above
Beyond the horizon it is easy to love
I'm touched with desire
What don't I do?
Through flame and through fire I'll build my world around you
Beyond the horizon, in the
Springtime or Fall Love waits forever, for one and for all
Beyond the horizon, across the divide
'Round about midnight, we'll be on the same side
Down in the valley the water runs cold
Beyond the horizon someone prayed for your soul
My wretched heart is pounding I felt an angel's kiss
My memories are drowning In mortal bliss
Beyond the horizon, at the end of the game
Every step that you take, I'm walking the same
Beyond the horizon, the night winds blow
The theme of a melody from many moons ago
The bells of St. Mary, how sweetly they chime
Beyond the horizon
I found you just in time
It's dark and it's dreary
I've been pleading in vain
I'm wounded,
I'm weary
My repentance is plain
Beyond the horizon o'r the treacherous sea
I still can't believe that you have set aside your love for me
Beyond the horizon,
'neath crimson skies In the soft light of morning
I'll follow you with my eyes
Through countries and kingdoms and temples of stone
Beyond the horizon right down to the bone
It's the right time of the season
Somebody there always cared
There's always a reason
Why someone's life has been spared
Beyond the horizon, the sky is so blue
I've got more than a lifetime to live lovin' you "
( beyond the horizon - modern times - bob dylan ).




"Por acaso, surpreendo-me no espelho:
Quem é esse que me olha e é tão mais velho que eu?
(...) Parece meu velho pai - que já morreu! (...)
Nosso olhar duro interroga:
"O que fizeste de mim?"
Eu pai?
Tu é que me invadiste.
Lentamente, ruga a ruga...
Que importa!
Eu sou ainda aquele mesmo menino teimoso de sempre
E os teus planos enfim lá se foram por terra,
Mas sei que vi, um dia - a longa, a inútil guerra!
Vi sorrir nesses cansados olhos um orgulho triste..."
( espelhos - mario quintana )
muito obrigada querida mõnica!

sábado, setembro 16, 2006






seis anos. e muito mais ...

por causa destes sonhos que se repetem e repetem é que eu tenho a louca certeza de que já estivemos juntos antes. no sonho é ele. eu vejo mas não vejo o seu rosto. sei que é ele. é este sonho angustiado. de perda. sempre acordo chorando e chamando por ele porque nos perdemos e não consigo achá-lo. super aflitivo. por causa destas repetições vou tendo mais e mais a certeza de que estamos juntos. novamente.

sexta-feira, setembro 15, 2006

o meu problema com chico buarque somente as sessões de análise irão resolver. meu pai o adorava . e escutava o dia inteiro quando estava em casa. era ele na vitrola e meu pai pela casa cantando e cantando. imagina o horror. dois desafinados. era uma fase difícil. meus pais brigavam o tempo todo ao som de chico buarque de hollanda. e eu lá. por tabela passei a detestar o pobre chico. acho que sou uma das poucas brasileiras que não daria pra ele se ele piscasse os olhos pra mim. ele não é lá grande coisa como cantor mas muitos que eu adoro também não são. mas escreve lindamente. mesmo. acho que chegou a hora de aceitar chico buarque no meu coração. porque se tom jobim e vinicius de moraes gostavam deste cara alguma coisa de realmente boa ele tem que ter. que venha chico.

anota aí. não existe nada. absolutamente nada. melhor. maior. mais incrível que o olhar de felicidade de um filho. o que está ao redor fica microscópico. porque neles tudo vale a pena.

quinze de setembro de 2000 às 08:20 da manhã na clínica são josé nascia meu filho victor. eu sempre sonhei com ele. aos dezoito anos, no meu diário está escrito o nome dele em caneta pilot. na verdade a gente já havia combinado muito antes disto tudo. eu vim na frente pra esperar por ele. e chegou. a seis anos atrás. o meu victor.

não sei quem cantou esta música pra mim a madrugada inteira. mas ela está martelando na minha cabeça : " lá fora está chovendo mas assim mesmo eu vou correndo só pra ver o meu amor ... ela vem toda de branco ... e despenteada ... que maravilha, que coisa linda que é o meu amor ..." acho que é simonal. que eu adoro. linda canção. para um lindo dia de verão em setembro.

quinta-feira, setembro 14, 2006

i walk alone i walk alone i walk alone i walk alone i walk alone

não consigo fazer as coisas práticas da vida funcionarem direito. isto está me detonando. implodindo. gostaria de levar a vida de uma forma tão diferente. tão mais adulta e centrada e certinha e normal e racional mas não consigo. agora mesmo eu não queria ser eu. queria ser outra. estar numa casa com tudo correndo dentro dos horários. almoço servido na hora. banho quente coisa e tal. mas estou no meio de uma zona. e não consigo me tirar dela. sabe como é? queria fugir mas não posso. está tudo muito confuso aqui em mim. como sempre. pra variar.

céu azul azulão anil. lentamente azul. azul pálido. branco absoluto. invade o cinza. grafite. negro. céu negro. pesado. sem vento. carregado. trancado. represado. tempestade. chuva. lavagem. buraco de luz no céu até a terra molhada. silêncio. céu azul pálido. lentamente azul.

a vontade é não me sentir responsável por nada. simplesmente ser irresponsável. ficar na cama deitada assistindo tv o dia inteiro. aproveitar minha cólica mensal como desculpa pra ser irresponsável e fazer nada. nada mesmo. o gás acabou. o papel higiênico também. e se eu não estivesse aqui? life goes on.

" há dias que vivo de raiva de viver. porque a raiva me envivece toda: nunca me sinto tão alerta."
clarice lispector.

quarta-feira, setembro 13, 2006

correio feminino. clarice lispector. um luxo. tudo é um luxo da capa até a última página. comprei mesmo porque é lispector. é luxuosa. chic. poderosa. lispector dando conselhos tipo "mulherzinha". atualmente não temos esta sorte. pelo menos que eu saiba. enfim, fui lendo e lendo até que fechei o livro e pensei aff clarice me ajuda vai?! abri o livro assim de qualquer jeito. vamos combinar que este negócio, de "qualquer jeito" pra lispector não acontece mesmo. enfim, caí na página 178 : " me dá licença minha senhora ". uau! só pra resumir numa frase só: "escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada. " amém.

se alguém me perguntar eu digo. sei de pelo menos três endereços de clínicas de aborto no rio de janeiro. zona sul mesmo. estou escrevendo isto, porque um hipócrita qualquer chamou a marina w. de assassina. só porque ela é a favor da legalização do aborto. então tá. nem sei como fazer isso. mas queria saber. abrir um espaço pra que as mulheres que entram e saem daqui deixem sua marca. sim. sou mulher. a dona cegonha não existe. sou a favor da legalização do aborto. já. ai que viver na idade média cansa viu?!

por favor me respondam. até que ponto posso escrever aqui. existe alguma linha imaginária por aqui que me faz parar? existe censura? se eu escrever alguma coisa que esteja fora das leis alguém pode me processar? posso ter opinião? ou como já disse millôr " livre pensar é só pensar". ?

dispersa. absolutamente sem concentração.

terça-feira, setembro 12, 2006

já não sou mais um et. comprei a primeira temporada de lost. é aquilo mesmo. uma doença. pra não falar que é um vício. sei lá o que é pior. mas o negócio é que acaba um disco já estou entrando em outro e são sete. duro mesmo vai ser quando terminar esta temporada. a segunda vai ser lançada amanhã e definitivamente não posso torrar mais cento e cinquenta reais em dvd agora. aff...
***
urso polar. javali. uma francesa esquecida a anos ... só penso em mundos paralelos. janelas que se abrem no tempo e vão sugando pessoas de tempos em tempos ... então tá sou mais uma louca por lost.

páginas é uma novela de mulheres. para mulheres. sobre mulheres. o capítulo de ontem foi mulher. foram cenas onde todas as personagens femininas estavam em conflito. solucionando conflitos. a louca criada no cenário errado exigindo seu lugar ao sol, a ótima irmã natália do valle dando-lhe uma surra tentando salvar seu lado e a jogando real, a linda e loira namorada mostrando que é sagaz o suficiente pra pelo menos tentar não cair numa roubada daquelas, a filha-mãe salvando e cuidando do pai, a mãe má se safando da curra do milionário nojento, a helena defendendo a filha como uma leoa. todas aquelas personagens poderiam ser uma só. dentro de mim existe um pouco de cada uma delas. é só olhar pra dentro e buscar. quantas mulheres existem dentro de cada uma de nós. beijo seu manuel.

aniversário de criança agora é happening. sabe como é? se te convencerem pode acontecer de um tudo. mas comigo não rola. então entrei na loja com artigos para festas. power rangers. convite. vela. pratinhos. copos. guardanapos. máscaras. saquinhos para bala. balas. bugingangas. depois fui na casa da moça que faz a decoração. pacote 1, 2, 3, 4, 5, 6 e ao infinito e além. pacote escolar está ótimo. depois recreador. sim, porque quarenta crianças soltas é quase um passeio à áfrica. bolo de aniversário. cachorro-quente, mini-pizza, brigadeiro, coca-cola. victor faz seis anos na sexta-feira. sim, eu sei que tudo isto por mais que pareça uma grande baboseira faz a maior diferença. tipo quando ele tiver seus trinta e poucos e estiver na a festa do filho dele, vai lembrar das festas de aniversário que eu organizava pra ele. em como sentia uma grande felicidade. todas estas lembranças vão aquecer e tomar conta dele por instantes. cá estou eu olhando lá pra frente enquanto ainda estou aqui. victor vai fazer seis anos dia quinze...ao infinito e além!

semana de aniversário do victor. muita coisa pra fazer em pouco tempo. minha vida tá uma correria danada. sem tempo pra nada. espero sentar aqui no final do dia. dia lindo. parece verão mas não é. semana passada parecia inverno. e não era. assim é se lhe parece.

domingo, setembro 10, 2006



11 de setembro. lembre-se: o ser humano é capaz de tudo.

( foto de: isabel daser bessler ).

mariana finalmente fez a tal escova de chocolate. agora temos uma barra de toblerone humana andando pela casa.

sábado, setembro 09, 2006

ontem depois de alguns dias fechados e com chuva o céu abriu. limpo. lindo. azul. claro. um pouco de resfriado ainda que restava mas suportável. pelo menos começava a pensar melhor.
a estrada que leva a região dos lagos ao rio é divina. o visual é de cinema e, se tivesse uma filmadora iria daqui até a ponte viajando através das lentes. rio de janeiro e o avião passa pertinho de mim na ponte. aterro. rio sul. corte de cabelo das crianças no souza. que já não é mais como antigamente. tudo bem. avenida atlântica que faz minha alma dobrar o tamanho. praia de ipanema. leblon. argumento buscar uma encomenda. quando cito meu nome, imediatamente atrás de mim, escuto aquela voz: alba, alba barcellos? eu mesma. e, quando viro, tati. tatiana. amiga de anos do colégio. arquiteta que corajosamente largou tudo e escolheu viver a vida. trabalha agora lá: na argumento do leblon, vai andando pra casa logo ali do lado. na mesma hora penso na minha livraria. sonho. engraçado isso. você passa vinte e tantos anos sem encontrar uma pessoa e, quando a re-encontra sente que a última vez que a viu foi semana passada. raízes. carro. niemeyer. o rio é lindo. barra. miami é logo aqui. shopping. século vinte e um. todo o mundo está no shopping. mônica e pedro. parece mesmo música da legião. agora é mônica e pedro, o filho. eu e minha família. somos cinco. andamos em bando. todos sempre juntos. falando muito. eles falando alto e eu tentando fazer com que falem baixo. tentativa enxuga gelo. a famíla ricci é um bando. poderia ser a família dó-ré-mí, a família trapo. família grande é tudo de bom. penso que no futuro nos multiplicaremos. então seremos oito, depois onze quem sabe quatorze. realmente tudo terá valido muito. muito a pena mesmo. que problemas que nada. afinal o amanhã sempre pinta mesmo. flipper. coisa de doido. muita luz, movimento, plincs plongs e barulhos e barulhos. comida junkie. adoro. mac donald's. cinema. steven spilberg e sua casa monstro. vamos combinar que o cara é o peter pan. desenho pra criança. que todo adulto carrega em si. aff. frase feita daquelas. mas é verdade. adorei. victor também. pietra morreu de medo da casa. o pedro não gostou muito não. mariana mônica e leandro adoraram. só ando com erês. graças a deus. livraria. com criança é doideira geral. mas em tempos de video game última geração, computadores e internet, carrinhos de controle remoto...ser pré-histórico é simplesmente maravilhoso. levar meus filhos pra fazerem cócegas no cérebro. victor e seus livros para colorir e lápis de cor. sempre. pietra e seus livrinhos pequenos com forma e cores. na saída da livraria. preciso pegar a estrada de volta pra casa. abraço e beijo de tchau. novamente aquela sensação. a mônica eu conheci aqui. na internet. vi pela primeira vez sei lá, a dois meses atrás. mas a impressão é a de que nos conhecemos a muito e muito tempo. e tudo isto é bom demais. re-encontrar pessoas. descobrir outras que estavam escondidas pelo mundo. passar o dia. respirar. rir um pouco e com vontade. viver é bom. e amigos existem. sim.

sexta-feira, setembro 08, 2006


Amigos
(Vinícius de Moraes)
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor. Eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ... A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários. De como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, trêmulamente construí, e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ... Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.

pra você, sister, pelas horas deliciosas que passamos hoje aqui no rio, pelo presente maravilhoso que você me deu e por partilhar sua família comigo.
obrigada! amututatu!
Mônica

quinta-feira, setembro 07, 2006

ainda bastante resfriada. nariz entupido. tudo congestionado até mesmo meus pensamentos. penso em várias coisas ao mesmo tempo. e nada acontece. faz um frio de rachar. detesto. porque não tenho roupa pra este tempo. imagina que eu vivo em cabo frio. deixa pra lá. papo mais furado este. estou falando... vou sair pra procurar plantas. colocar um pouco de verde em casa. a coisa tá complicada hoje. aff.



princesa kiko.

quarta-feira, setembro 06, 2006

ela chega e abala. dá jeito na casa num minuto. e eu fico sempre com cara de besta. como pode ser assim tão tão? minha amiga e fada particular: taia!

Taia de novo.

Querida Albinha, invadi seu espaço, a seu pedido, para ver o que acontecia nos seus post.
Um quadradinho, como o da Marcia Clarinha só que creme, estava atrapalhando suas postagens.
Acho que retirei...
Mas já que estou aqui, aproveito para dar um oi para todo mundo.
OI!



Beijos Cibernéticos...

Oi, sou eu, a Taia.
Fazendo um teste para ver o que há.

vocês estão vendo a situação das minhas postagens? tudo estranho. espaço em branco gigante. aff que isto está me irritando desde domingo. por mais que eu tente não tem jeito. a culpa não é minha não. tá feio e esquisito. taia! socorro!!!

Resfriada

estou resfriada. muito mesmo. mal estar total. vou tomar alguma coisa. beber meu café. colocar as idéias febris no lugar. téjá.

domingo, setembro 03, 2006

ainda não sei porque abro o jornal. nem mesmo estes on line. acabei de ler no globo on. um acidente horrível as seis da manhã de hoje na lagoa. mortos. crianças de dezessete, dezenove, vinte e poucos. é por isso que digo não. pode gritar, chorar, maldizer. tem hora pra sair. hora certa pra voltar. e, se for para chegar tarde vamos buscar. porque a dor destes pais agora, não tem terapeuta que cure. amar é dizer não. também.

" escrever rompe os túmulos dos mortos e os céus acima dos quais se ocultam os anjos proféticos. a mente faz e acontece, tecendo sua teia. "
( dos diários de sylvia plath ).

eis que surge ela. sônia braga. e depois disso não resta mais nada pra ninguém. sônia braga é sônia braga e silêncio por favor. estão dizendo que ela será disputada por celulari e tarcísio. bobagem, tarcísio vence. na minha escolha nesta e na próxima encarnação. é difícil olhar para s. braga e não lembrar dela dançando com paulette em dancin' days. clássico. maravilhosa poderosa sônia braga.
***
eu queria uma daquelas esculturas na minha sala. especialmente a bailarina de vestido vermelho...
***
será que agora vai seu manuel?!



a.h.

então não tive como escapar. primeiro a mônica me manda uma etiqueta em branco. logo depois a ana v. me manda outra. sendo assim vou deixar de ser desmancha prazeres e fazer o que me pediram. seis coisas que eu diria sobre mim. que dificuldade. depois de escrever e re-escrever saiu assim: transparente, pavio curto, fiel aos amigos como um cão, mão aberta - dinheiro na minha mão é exatamente como a música do paulinho da viola, cabeça dura - quando coloco uma coisa na minha cabeça vou até o final custe o que custar, apaixonada - se não fosse assim a vida não teria a mínima graça. acabou. e nem doeu tanto.

sábado, setembro 02, 2006

" venha, minha carruagem. boa noite, boa noite. "
( sylvia plath ).

setembro.

sexta-feira, setembro 01, 2006

fujo das garras do lobo durante a vida. canso. páro. respiro. o silêncio. parada sinto o movimento. jogada de um lado para o outro. me dou conta. estou dentro da boca de dentes cerrados do lobo. dançando no céu da boca. do lobo.


a.h.

dor de garganta. o peixe morre pela boca.

a terceira lei de newton diz mais ou menos assim: para toda ação existe uma reação. a física explica a vida. hahaha.