clarice morava na rua gustavo sampaio, 88. eu. vizinha de clarice lispector.

"subamos !

subamos acima

subamos além, subamos

acima do além, subamos !

... "

( 0s acrobatas - vinícius de moraes )

segunda. com cara de domingo. outro feriado. a padaria da esquina tem um pão que é tudo. doze pães. manteiga. presunto. queijo. bolo de laranja. leite. leite de caixinha não tinha. comprei leite de saquinho. coisa que não fazia a séculos seculoruns. na cozinha fervendo o leite. coisa do século passado total. tomando conta da leiteira. porque é assim: você dá as costas e num minuto ele ferve. sobe. adeus fogão limpinho. tá. o leite ferveu. quando passei para a garrafa subiu aquele cheiro de leite quente. memória da infância. cheiro de leite quente no bule de louça branca da minha mãe. memórias. lembranças. alegria.

alyssa monks - stretch, 2002.

algumas vezes eu tenho a quase certeza que ninguém entende. ninguém.

a casa guardava a gata malhada com olhos cada um de uma cor.

cruzavam-se pela casa o dia inteiro. quando c. cruzava silenciosa pelos corredores uma estranha impressão crescia. em um trocar de olhar tinha-se brevemente a certeza de que, sim, aquela era c. andando pela casa. mas em um piscar de olhos já não havia mais certeza. impossível dizer se aquela era c. ou a gata da casa. assim conviviam com aquela estranha impressão. c. era a gata. a gata era c.

alyssa monks - immersion, 2006.

no paraíso tem uma coisa que eu não compreendo. as gêmeas. uma foi criada no rio a outra, desde recém-nascida na bahia. a gêmea má carioca tem um sotaque carioca pra lá de ridículo. é complicado mesmo tentar imitar o sotaque de uma carioca que cresceu na zona sul. agora, a gêmea boazinha ( e chata. gente boazinha é chata ) não tem sotaque nenhum. absolutamente nenhum. porque, vamos combinar é impossível ser criada na bahia e não ter sotaque bahiano. ah tá. é demais para a pobre da alessandra n. afinal, se dois papéis já é uma grande exigência sotaques tão diferentes então ...

remédio para insônia: jô soares. ele é chato. muito chato.

o chão da casa era feito de madeira. não haviam tapetes. apenas o chão de madeira. chão que cantava quando caminhavam sob ele. queixava-se aqui e ali. amparava corajosamente os passos daquelas mulheres. vez por outra uma delas deitava no chão frio para esfriar o calor do corpo. deitavam e dormiam. deixavam seus sonhos entranhados na madeira. a casa emanava sonhos. o cheiro e névoa da maresia. cobria a casa como um cobertor.

" grite, ordenei-me quieta. "grite", repeti-me inutilmente com um suspiro de profunda quietude. (...) mas se eu gritasse uma só vez que fosse, talvez nunca pudesse parar. se eu gritasse ningu´em poderia fazer mais nada por mim; enquanto se eu nunca revelar a minha carência ninguém se assustará comigo e me ajudará sem saber. "

clarice lispector em a paixão segundo g.h. págs 70 e 71.

sean duggan.

rebuliços internos. daqui a pouco eu volto.

sean duggan - watch your step, 2005.

a primeira vez que fiz terapia tinha uns vinte sete. era uma terapeuta. o consultório ficava numa ruazinha sem saída lá em botafogo. engraçado que eu lembro da rua mas não lembro o nome dela. enfim era bio-energética. até que houve aquele dia em que eu estava daquele jeito. coração na boca não havia nada que me fizesse ficar quieta. coisa simples até. ficar sentada. falei isso para ela. ela me pegou pela mão e me levou até um quarto no final do corredor. abriu a porta e no quarto haviam muitos almofadões. pensei que se ela me mandasse deitar e relaxar iria sair correndo dali para nunca mais voltar. tá. ela mandou eu entrar e esperar um pouco. quando voltou, voltou com bastão na~s mãos. é. um bastão. um taco. de madeira. enorme. mandou eu pegar com as seguintes instruções: você está vendo estas almofadas e este taco? pois bem, vou sair do quarto e fechar a porta. assim que eu sair você vai bater nas almofadas e gritar até não aguentar mais. quando terminar me chama. deu as costas. fechou a porta. eu o taco e as almofadas. sei lá. fiquei ali parada um tempo. com medo. medo. mesmo. então tomei coragem e bati a primeira vez. muda. a segunda muda. sei lá em que momento me peguei surrando e gritando como uma primitiva. não sei quanto tempo fiquei ali. quando saí ela me esperava na sala dela. pegou o bastão da minha mão e perguntou muito simplesmente: e aí? não lembro se respondi ou o que respondi. ela mandou eu voltar para casa. na próxima sessão eu estaria pronta para falar. saí. peguei um táxi e fui para casa. lembrei disso agora porque estou com uma vontade enorme de gritar. tem isso também. toda casa que se preza deveria ter um quarto destes: o quarto do grito.

maggie taylor - optimist's dress, 2003

lista. o que é preciso no próximo mês. chuteira victor. tênis victor. sandália pietra. tênis da hello kitty pietra. soutien branco mariana. tinta coral 9664 para a sala. mandar a impressora para a autorizada. levar billie para o veterinário. pintar o cabelo. cortar o cabelo. comprar maiô. comprar o livro da clarice lispector. pegar a cortina da mariana na costureira. procurar uma persiana. abajour para o quarto do victor. ventiladores. imprimir as fotos do cd verde. incenso. velas. tapete. o tapete da sala. quantos dias tem maio?

definitivamente. a paixão segundo g.h. é o livro da hora. sacou?!

a vida é rosa. para quem usa lentes de contato rosa. minha vida tem todas as cores. todas mesmo. até a cor de burro quando chove. ou será cor de burro quando corre? o almoço atrasa. o gás acaba. o dinheiro está vermelho no banco. minha filha caçula faz manha manha manha. a vida poderia ser como nos filmes americanos antigos tipo doris day sandra dee. uma casinha. fumacinha saindo pela chaminé. cerquinha branquinha. tudo assim. sempre tão certinho.

sonhos. eu sonhei. é claro. mas não me lembro com o que. deve ter sido coisa séria.

alba regina: uma mulher sem paciência.

sean duggan

hora do almoço. as panelas lá. no fogão. mas, o que fazer quando o gás acaba? justamente na hora do almoço. sanduíches. e crianças felizes. no stress.

maggie taylor - turning.

sonhos. estava em um avião indo para nova york. já estou lá. na porta de um teatro repleto de luzes. parece a noviça rebelde. sei lá. no palco gwyneth paltrow. usando aquele vestido da entrega do oscar tipo a bela adormecida. fotos. fotos. fotos. eu e meus sonhos.

maggie taylor. mood lifter.

sonhos. estou na cozinha com ele. minha mãe entra me chamando. me agarro de olhos fechados nele. ela sai. quando abro os olhos ela está lá novamente. sorrindo para mim. assim. totalmente nova e recuperada e sorrindo. me abraça. e eu não quero acordar apesar de estar chorando e chorando. num instante ela desaparece. visita. minha mãe me visitou.

lembrete: é preciso ler a paixão segundo g.h.

orientações de estilo.

de clarice para si mesma.

1. ler tirando o excesso de adjetivos brilhantes ( "isso e isso", "isso e isso").
2. ler tirando as palavras "modernas", as soluções "modernas", os modismos, as repetições que indicam processos fáceis.
( ... )
4. se puder, em alguns casos deixar os fatos indicativos, tirando a idéia.
( ... )
6. retirar paradoxos, pensamentos complicado fácil.
7. tirar certo grandioso.
8. modificar frases excessivamente ricas.
9. " o presente e o imperfeito são os únicos tempos nobres do romance. "

sleeping beauty, maxfield parrish - 1912.

" E, inda tonto do que houvera,

À cabeça, em maresia,

Ergue a mão, e encontra hera,

E vê que ele mesmo era

A Princesa que dormia. "

( fernando pessoa, eros e psique - maio de 1934 ).

das coisas da vida. hoje em duas leituras em blogs me deparei com eros e psique de fernando pessoa. sou muito impressionável. a janela está aberta aqui ao lado. enquanto escrevo, ao meu lado eros e psique.

maggie taylor - poet' house.

cantarolando: obladioblada life goes on and if you want some fun take obladiblada ... hahahaha ....

( photo at: o globo, ancelmo goes - março 2007 ).

o dia começou cedo. cedo. ainda estava um pouco escuro. saí da minha cama caí na da pietra que assistia a um urso azul gigante. percebi que não adiantaria de nada ficar ali deitada tentando me convencer que ainda estava dormindo. levantei. acordei. copão cheio de toddy gelado bem batido cheio de espuma. sylvia tomando leite muito preocupada se a emily roubaria o café da manhã dela. este silêncio e este cheiro que todo início de dia tem. pequenos instantes que trazem grandes lembranças. como quando eu era garota e tomava café da manhã na cozinha; na mesa americana de ferro branca e vermelha escutava os barulhos dos outros apartamentos. as empregadas e seus rádios de pilha, lavando roupa no tanque da área, o cheiro do feijão novo. o café com leite quente na xícara branca enfeitada com florzinha lilás. bebericava aos poucos esperando esfriar, percebendo que a cada mudança de estação o sol batia no chão de cerâmica da área de um ângulo diferente. o copo de toddy acabou. o dia começou. mesmo.

todas as vezes que o escuto em paraíso tropical fico feliz por dentro. ele não canta bem. muito pelo contrário. é bastante ruim mesmo. mas não faz diferença alguma. porque é doce e sutil e dá vontande de ficar ouvindo e ouvindo. nando reis. nossa. como é doce escutar nando reis.

mr. carpenter, ty pennigton...

viver é isso.

vida: estado de atividade de animais e plantas; existência; espaço decorrido entre o nascimento e a morte; modo de viver; profissão; emprego; conjunto de coisas necessárias à subsistência; biografia, movimento; calor; animação; expressão animada; sustentáculo; origem. viver: ter vida; existir; durar; habitar; residir; alimentar-se; nutrir-se; comportar-se; ter relação com.

lembrete: procurar no dicionário a definição da palavra vida. não esquecer de procurar também: verbo viver. será que alguém me explica?

m.m.

nair bello em uma cena de novela uns dez anos atrás, viajando de chá de cogumelo que havia tomado por engano. cenas inesquecíveis da vida da gente. outras duas coisas boas da vida: ronald golias e nair bello.

as coisas boas da vida.

resumo das minhas quarenta e oito horas: ontem: doente. hoje: doente. nada passa pela cabeça a não ser a minha febre de 38 graus. eu e o planeta fervemos.

minha mãe vivia me dizendo que eu era mal agradecida. a cada discussão lá vinha aquele terço feito de defeitos. uma das contas do terço era este: você é uma mal agradecida, isso sim! ela tinha razão. sou mesmo. porque estou assistindo aquele programa extreme makeover que eu adoro e hoje eles foram à casa de uma menina de oito anos com câncer. aí que chorei pacas ... porque vi o quanto minha mãe tinha razão. menina mal agradecida.

sessão da tarde. julia roberts e richard gere. noiva em fuga é o título. assisti todo. tarde de segunda. e os dois são lindos e perfeitos coisa e tal. ela é a top destas atrizes da minha geração porque ela é tão normal. the girl next door. tudo bem ela não é um daqueles monstros de hollywood. mas adoro. por isso. ela é a girl next door.

j.r.

fantástico ontem. que roupa era aquela que a gloria maria estava usando hein? video gravado pela pf durante a operação hurricane. pergunta que não quer calar em mim: você é garotão. policial federal. dá de cara com uma tonelada de dinheiro. então tá. segundo o policial: " muita grana moleque! " então tá. você me entendeu né? o filho dela é o cara. tipo alguém que não veio ao planeta terra para passear coisa e tal. meio minuto deram a ele. para um assunto que interessa a todos nós. a raça humana. mas, é domingo. e vamos combinar que domingo é tudo. menos fantástico.

outro dia acordei na hora do amanhecer. a janela estava fechada e não dava para perceber se seria um dia de sol de chuva ou de nada. torci para que fosse um dia de chuva e de frio. um dia diferente. porque todos os dias tem sido iguais. absolutamente iguais. dormi novamente. me culpando pelo desejo tão ingrato. acordei. dia amanhecido já. igual. igual a todos os outros. os dias são todos iguais.

( photo by: mariana)

no céu. você pode ver as nuvens. o sol. a pipa. e sabe também que você não vê mas sabe que estão lá. as estrelas. estrelas. sente como a língua treme no céu da boca. estrelas ...

dias inteiros sem ter o que dizer.

coisas que detesto entre outras centenas: gente sem capacidade criativa. gente sem imaginação. gentinha.

tom.

( aí está a foto. o meu gato tom. foto postada no meu ábum flickr em 15 de dez. de 2005. )

ainda a pouco eu estava no orkut. numa comunidade de sylvia plath. aí caí num blog: http://intimaloucura.blogspot.com; a autora do blog se chama priscila. enfim, fui passeando pelo blog até cair no mês de dezembro de 2007. data: 27 de de dezembro de 2006. enfim. surpresa! lá está uma foto do meu gato tom, deitado na almofada deestimação dele ... segundo a priscila o tom era um presente de natal dela. jesus. que me cresceu uma raiva da-que-las. enfim, qual a graça de se viver a vida do outro? porque ela não colocou os créditos da foto? porque ela não me mandou ume-mail? porque ela não adotou um gatinho para ela? nossa. vampiros. estamos cercados por vampiros. priscila, por favor, vá se tratar!

" se sou feliz? felicidade é coisa de gente burra. "

( maysa )

p.s.: calma. algumas coisas devem ser lidas com muita, muita calma.

fazer o quê?!

vida nova é uma coisa. adoro animais. sempre adorei. muito mais do que seres humanos. sempre fui assim. desde que me entendo por gente. ontem ganhei uma gata. totalmente branca. como a neve. dei o nome de sylvia. você sabe porque.

" quem tem alma não tem calma. "

( fernado pessoa/ alberto caeiro )

maysa.

" há gritos incríveis dentro de mim, que me povoam da mais imensa solidão. "

comecei detestando o paraíso. agora mudei. gosto muito. bastante mesmo. tem estes personagens que são tudo. a gêmea má é maravilhosa. porque é a vilã que quase sempre se dá bem. tipo o coyotte do bip-bip. os personagens do hugo carvana e da yoná magalhães. e mais aquele dono de restaurante metidérrimo e chatérrimo, maior figuraça. tony ramos é tudo. a personagem de renné de v. é linda sou apaixonada por ela. e, esperando pra acordar da soneca esperta a pitanga e o wagner moura. graças a deus mr. braga tarda mas não falha.

é sério. diego alemão estará no programa da marília gabriela. é sério. agora pode rir.

joan crawford era o máximo. ao lado de bette davis então. nossa. ela adotou duas crianças e vivia uma vida familiar perfeita. dear mommy. um belo dia a filha cresceu e falou. falou bastante. não tinha nada de dear. mesmo. a família era só na fotografia. então penso na jolie e nesta coisa de adotar crianças quase que compulsivamente. sei lá. depois que vi umas fotos dela com pitt e as crianças num pic-nic ao lado de uma super bolsa louis vuitton desacreditei.porque me parece que ela está colecionando crianças. me desculpem mas não acredito mesmo. talvez porque eu não seja uma menina boazinha. então eu li que eles compraram um iate, um barco sei lá de milhões de dólares. ok. mas fiquei pensando porque não utilizar numa creche que ajudaria algumas centenas de crianças. sei lá. o fato é que morro de medo de daqui a alguns anos acabar lendo um livro me contando que de dear jollie também não tinha nada. help me god.

joan crawford

havia uma samambaia na minha sala. o engraçado foi que, quando a pendurei me lembrei que havia escutado em algum destes programas malucos que samambaias absorvem as energias negativas que entram na casa da gente. minha samambaia morreu. secou. é sério. nossa que fiquei super assim. fui ao horto e comprei outra. aí a dona me disse que samambaias não podem ser molhadas demais senão elas morrem. então tá. a culpa é do leandro mesmo. que dava banhos homéricos na pobre todos os dias. este papo de energia coisa tal é coisa pra quem não tem no que acreditar ou é maluco.

tenho um advogado. tipo eu tenho um dentista. um ginecologista. um pediatra. um eletricista. eu tenho um advogado. ele é bom. logo pela manhã eu estava lá no escritório dele. quando vi estava chorando minhas pitangas pra ele. ai. quando vimos ele estava me acalmando e falando que a vida é assim mesmo. para eu me programar. tipo se programe por três anos. três anos. quantos meses são três anos? quantos dias? quantas horas? quanto falta para terminar três anos? a resposta: 36 meses 1080 dias algumas milhares de horas. falta bastante para terminar estes meus três anos. deve ser algum aprimoramento espiritual coisa e tal. já que nasci totalmente assim. sem saber fazer planejamento. sou uma pessoa desfocada. não. quero dizer, se meu foco estiver muito longe me perco. o foco precisa estar a meio palmo do meu nariz. deve ser por isso que não acumulei coisas. tipo dinheiro, jóias, coisas você sabe. sou míope. vivo uma vida míope.

ela postou uma foto outro dia. clive owen. fui lá agora e ele ainda está lá. esta noite sonhei com o meu sonho de consumo masculino. sempre sonho com ele. mas não são sonhos eróticos. são sonhos bem bobinhos mesmo. por isso são tão bons. será que ele e eu nos encontramos no mundo paralelo? enfim, vendo a foto pensei como deve ser acordar e dar de cara com o clooney ou pitt ou joaq ainda dormindo. ou entrar no banheiro e vê-los escovando os dentes. estas coisas humanas sabe como é. dizem que o casamento da jolie com o pitt já está mais pra lá do que pra cá por causa das crianças etc e tal. pois é. não há glamour que resista a fraldas recheadas de número 1 número 2 e tudo mais. não há hollywood no lado de cá da vida. lá vou eu again.

deus me dá meus sonhos. lembrancinhas. adoro meus sonhos. principalmente estes que vem sempre tipo figurinha repetida. bom-dia!

at: postsecret.

"ponho ruge e lavo as mãos na frente do mundo inteiro." maria antonieta, sobre sua rotina diária em 12 de julho de 1770. lendo a biografia de maria antonieta. passados duzentos e trinta e sete anos ela é tão atual.

sessão da tarde: o diabo veste prada. um dos filmes da minha lista the best of ... adoro. tudo. leandro repete que, se eu tivesse "acontecido" seria uma miranda. fiquei envergonhada. mas no fundo pensei: talvez. é claro que pensei muito em mim aos vinte assistindo a andrea e todos os seus sonhos coisa e tal. mas acredito que não teria descido do carro no final. talvez. who knows? eu queria todas as roupas. to-das. o filme acabou. mas posso assistir novamente. sacou?

enquanto isso a funny recheia a conta bancária e passa a mão em todo mundo que der mole. podem falar o quanto quizerem. mas mulher com cabeça de homem é genial de se assistir. u-hu!

shakespeare and company - 37 rue de la bucherie, paris.

( viajando ... )

para um dia daqueles receituário pessoal: faxina e depois tom jobim o dia inteiro. é tiro e queda. muito doida. eu sei.

oh my god!

overdose de diego alemão. e siri. imagina: siri meu bem vem cá! aff ... cada vez que os vejo tenho a sensação que ele agora está tentando criar a-que-la saída pela direita sacou? boninho no pânico. deus me livre de um homem destes. um grosso. sei lá porque estou escrevendo tudo isso. deve ser porque é final de domingo, está chovendo e não está refrescando nada e porque muitas vezes eu acho, realmente que my life sucks.

páscoa. páscoa de número 44. e só agora caiu a ficha. antes tarde do que nunca. porque olha só, no natal a gente arruma tudo enfeita tudo coisa e tal. e a páscoa são ovinhos de chocolate e talvez um bom peixe no almoço. ano que vem tudo vai ser diferente. páscoa é re-começo. esperança. e tudo o que eu mais faço nesta minha vida é re-começar. feliz páscoa!

leblon às seis. por milagre cheguei na hora. ela também. devo dizer que eu estava com uma pontinha de medo. sei lá de que. enfim... sabe aquela pessoa que escreve e você descobre que ela é exatamaente aquilo o que ela escreve? então: marina w. uau. fui contando para ela como cheguei no blog dela e que ela é a melhor amiga de uma prima de terceiro grau e que, a história da minha vida e desta minha prima daria um novelão com altos índices de audiência coisa e tal. waffle com milkshake de chocolate. leandro chega e ela descobre que sempre ia ao alfaces. nossa que a vida da gente é um emaranhado de pessoas e lugares e acontecimentos em comum. ela é show. enquanto conversamos dá para sentir como ela pensa e pensa uma coisa atrás da outra. atravessamos a rua ... letras e expressões. o livro dela ali exposto. eu busco por dois que estavam me chamando a alguns dias ... não me enganei. em nada. waffle milkshake livros leblon e uma pessoa da-que-las: a toda boa marina w. hei! ma! bacio amore!

internet do hotel. mensagem dela. subi para o quarto e telefonei para o celular dela. sempre meio assim porque pra mim celular ainda é uma coisa bastante pessoal. ela atendeu. pensou que era uma joranlista destas novinhas! menina! você tem voz de garota! simpatia total. combinamos no cafeína do leblon. às seis. muito british nós duas.

ok. minha conexão está daquele jeito. caindo a toda hora. acabei de perder um post imenso. o que fazer numa hora desta?

quinta-feira. dia seguinte chegou. as coisas acontecem len-ta-men-te. muito. aquilo que deveria ter sido resolvido às onze da manhã só aconteceria depois das cinco. eu: anciosa. como sempre. normal. caminhei na avenida copacabana. quanta decadência minha nossa senhora. mas eu adoro mesmo assim. entrei numa loja de santos. imagens. pensei em fazer um pacote: são jorge são judas tadeu nossa senhora são miguel arcanjo velas e incensos. pensei mas não fiz. apesar de precisar. banca de flores. cheiro forte de arruda. lojas americanas. fila fila fila para a páscoa. a menina na minha frente falava dúzias de palavrões. não entendi bem o porque. ela falava. muito. mulheres largadas no chão com crianças no colo. pedindo. qualquer coisa. pensei nos meus. copacabana ou índia. calor decadência bagunça barulho ... o mundo é mesmo tudo ao mesmo tempo agora.

quarta-feira oito da manhã. estrada para o rio. calor daqueles e eu indo para o centro da cidade. detesto. o centro da cidade é lindo a noite. lindo mesmo. lá fomos nós. eu e ele sempre. abrir uma janela. minha vida é repleta de janelas. para tudo dar certo precisamos dormir no rio. e eu só com a roupa do corpo. fazer o que. lá fomos nós para o leme. entramos no hotel. ducha. sanduíche. fui caminhar no calçadão. só tirando fotos com a câmera do telefone. gustavo sampaio avenida atlântica. nossa que minhas raízes tremem. terremoto. tsunami. ele está ao meu lado. e caminhamos em silêncio. ele não vê ou finge. finge para não me deixar sem graça. que estou chorando. somente no canto dos olhos. minha vida toda ali naquelas pedrinhas brancas e pretas. encontro bando de gentes de uma vida toda. mesmo. o rei da voz sempre todo todo com aquele eterno caminhar de tigre solitário. no abraço pergunta e aí beleza? eu: tudo paulinho ... e você?! claro! tô vivo! abriu um café com livraria na rua. aff ( inveja branca ). sentamos para tomar um capuccino e assistir as pessoas passando. passou uma passou duas passou três. passou aquele sempre doidão maluco beleza total. agora absolutamente careta. tentando se convencer. subimos para o quarto esperando o dia seguinte chegar. cama king size. ar no máximo. esperar o dia seguinte. deitar. silêncio. nossa como é bom ter uma vida.

abril começou. logo de cara pensei: ok. outro mês da-que-les. mas as coisas nem sempre são como a gente pensa. então fiz como aquela personagem do desenho animado no discovery kids e pensei pensei pensei e resolvi. agora estou aqui martelando minha cabeça tentando descobrir se estou pirada ou realmente existe uma canção do sinatra que fala de abril bla bla bla.

hello crazy people!

Foram 3 dias cabulosos... silêncio pela casa toda, portas fechadas... definitivamente cada uma respeitou, ou assim pareceu, o espaço da outra. à vi na janela uma vez voltando de bicicleta do colégio; quando cheguei no portão ela não estava mais lá.

me faltou coragem. me faltou cara-de-pau. me faltou... doeu demais, e eu nunca imaginei me sentir assim por sua causa. mais uma vez eu peço desculpas, porque consigo me expressar melhor escrevendo do que olhando para você.

eu nunca quis ser nem metade do que fui... mas o que falta em mim eu mesma não sei o que é.

amo você...

by,

Mariana