domingo, setembro 28, 2008

" e só você não viu não era filme algum ... "

by tim walker

sábado, setembro 27, 2008

rain drops keeps fallin' on my head ...

sexta-feira, setembro 26, 2008


JRM
( e ele toca guitarra, canta, escreve ... oh my god ! )

quarta-feira, setembro 24, 2008


@: fffound

sonho: navios. ondas altas. luzes de faróis distantes.

segunda-feira, setembro 22, 2008

das coisas improváveis: entrar no ponto frio de cabo frio para comprar um fogão e dar de cara com o wolff maya. pois é.

domingo, setembro 21, 2008

escutando agora: comes love, stacey kent. trilha sonora para hoje: madeleine peyroux, stacey kent, aimee mann ... domingo. a música vem me salvar.

é mais fácil ser amiga de um urso polar do que de um ser humano. algumas vezes, preferível.

faz frio. feliz. não preciso disfarçar. clarice, a gata peluda esquenta minha mão. o resto fica como está. vou indo.

sábado, setembro 20, 2008

" ...the veil ( the veil and the other poems, de walter de la mare.) há um poema assim: why has the rose faded and fallen and these eyes have not seen ... isso me assombra. mas é um estado de espírito que conheço tão bem. aquele pesar por aquilo que não se viu e não se sentiu, pelo que passou sem ter sido percebido. a vida nos é dada apenas uma vez, e nós a desperdiçamos. você sente isso? "
katherine mansfield em janeiro de 1922

J.R.M.

... uma semana depois ... relato da minha vida cã: supermercado. programão. fila no caixa. a menina sentada com aquela cara de raiva da vida. se a minha vida é cã a dela sei lá, duas cãs. surge uma senhora atrás de mim. eu, pagando minha conta, bolsa aberta no balcão carteira na mão catando moedas pra ajudar a menina infeliz. a senhora começa a tirar todas as compras do carrinho colocando no balcão. eu ainda lá. catando quarenta e cinco centavos. eis que a senhora simplesmente coloca em cima. note bem: em cima!!!! da minha bolsa um pacote de papel higiênico. assim. simplesmente assim. ela sorri e diz: "ai! me desculpa estou colocando minhas compras ... " eu interrompo: "e a senhora não podia esperar eu terminar de fechar as minhas compras sair do balcão e então, a senhora começaria a passar as suas não é? pois é. não é?" tensão no ar. fui embora. pensando nos meus tempos de colégio quando íamos para a fila e a mère nos mandava esticar o braço direito e colocar no ombro da amiga da frente e depois abaixá-lo. aquela era ( e é ) a distância mínima que se deve manter entre você e outra pessoa. mas isso é exigir demais de um povo analfabeto desdentado desnutrido e mal educado. mantenha a distância. por favor. merci.

coisas. fui criada indo à papelarias livrarias e bancas de jornal do tempo em que, quando ainda era criança, meu pai me colocava sentada em cima dos jornais para escolher minhas revistinhas. resumindo: em 100% tive uns 40% talvez um pouco mais de momentos extremamente felizes. tá. então sábado passado estava no rio e fui na travessa de ipanema como sempre.sou uma pessoa de hábitos. deve ser meu signo chinês, o gato. só deus sabe como eu adoro aquele lugar. adoro tudo. porque lá é tudo. as pessoas sabem de quem eu estou falando. eu peço e num estalar de dedos eles vem com aquele sorriso: "é isso que você está procurando?" sim. sim.sim. foi assim sábado passado. cheguei lá querendo muito ( muito ) o box da primeira temporada de the tudors. pedi. incrédula. cinco minutos. menos até. lá vem ele: achei. uau. sabe aquele brinquedo que você espera e demora para ganhar? pois é. depois pedi katherine mansfield. diários e cartas. adivinha? pois é. café . fila no caixa para pagar. olha aqui que eu voltaria pro final da fila mais umas cinco vezes naquele dia. louca? ahã. talvez. sempre. mas é que havia tanta conversa paralela interessante que não sei não. se fosse autora escreveria uns três esquetes daqueles. nossa. na hora de pagar no balcão tentações. aí pra fechar encontro um livro chamado " sylvia não sabe dançar" de cristiane lisboa. uma garota que escreve como gente grande. de um jeito que poucos conseguem. ela tem um blog chamado cristiane lisboa. embromation. enfim, minutos no paraíso.

quinta-feira, setembro 18, 2008

não existe mais ordem. não há ordem em nada. não guardei minha roupa de ontem. não varri a casa. não tomei café quente. está fazendo frio de inverno e já é primavera. não paguei duas contas. não escovei meus dentes porque minha pasta de dentes acabou. não arrumei minha cama. eu falo ninguém escuta. eu falo ninguém compreende. não pintei meu cabelo. não quero tomar banho mas é preciso. não queria ter levantado da cama mas levantei. fico falando com um com outro mas queria estar em silêncio. não queria escutar mais tanta besteira. mas como já diz o outro é melhoe escutar essas besteiras do que ser surdo. agora lembrei que não almocei ontem. mas comi um sanduíche de presunto com gordura divino. não existe mais ordem em nada. as coisas vão indo. assim. sem ordem. desordenadamente.

quinta-feira, setembro 11, 2008

quando neil young canta. canta direto para minha alma. meu coração. ladies and gentlemen let me introduce you, mr. neil young: don't let it bring you down, 1971. porque quem é bom já nasce feito. aumenta aí.


J.R.M. - the king.

rosso

se o silêncio vale ouro. a palavra vale diamante. e ela, a palavra não leva desaforo pra casa. be kind. be careful.

ana querida. a foto momento nostalgia é o seguinte: dia destes rodando mundo afora nos www's da vida dei de cara com essa foto. ahã. apresentando as pessoas na foto: os caras de camisa preta eram os jogadores de rollerball da extinta e saudosa company do querido e criativo mauro taubmann ( que deus o guarde e ilumine ) lembro de alguns nomes tipo joão ângelo, andrezinho sei lá mais quem. o cara que se destaca na foto por ser o único vestindo amarelo é meu esposo ( credo ): leandro. até aí, tudo bem. o que mais me chamou a atenção foi que, enquanto eu procurava pessoas na foto, eu acabei me achando nela! ahá. pois é. eu estou ali em pé numa pilastra ao lado da minha amiga de vida inteira claudia. vai vendo. mamão com açúcar, lagoa, rio de janeiro muito provavelmente 1985. eu tinha 22 anos. ( silêncio interno ). um dia eu tive 22 anos. e o resto, bem, o resto é história babe.

são duas da manhã acordei com o dedão do meu pé esquerdo coçando loucamente. agora estou aqui acordada. pode ser insônia mas não é. rebeldia na madrugada.

sexta-feira, setembro 05, 2008

lagoa rodrigo de freitas, mamão com açúcar, rio de janeiro, 1985.
( depois eu explico )

On a morning from a Bogart movie
In a country where they turn back time
You go strolling through the crowd like
Peter Lorre
Contemplating a crime
She comes out of the sun in a silk dress running
Like a watercolour in the rain
Don't bother asking for explanations
She'll just tell you that she came
In the year of the cat
She doesn't give you time for questions
As she locks up your arm in hers
And you follow 'till your sense of which direction
Completely disappears
By the blue tiled walls near the market stalls
There's a hidden door she leads you to
These days, she says, I feel my life
Just like a river running through
The year of the cat Well,
she looks at you so cooly
And her eyes shine like the moon in the sea
She comes in incense and patchouli
So you take her, to find what's waiting inside
The year of the cat
Well, morning comes and you're still with her
And the bus and the tourists are gone
And you've thrown away the choice and lost your ticket
So you have to stay on
But the drum-beat strains of the night remain
In the rhythm of the new-born day
You know sometime you're bound to leave her
But for now you're going to stay
In the year of the cat
...
( o resto meu bem, é história ).

terça-feira, setembro 02, 2008

katherine mansfield.

acordei às seis e poucos minutos. acordada por um pesadelo que me fez chorar. acordei chorando. um pesadelo repetito. levantei da cama às seis. sentei no sofa da sala e acendi a luz do abajour. gosto de acender a luz quando ela ainda não toma conta da minha sala. gosto destas horas. seis da manhã seis da tarde. um pé aqui e outro lá. esta estranha impressão de que tudo pode acontecer. o aqui e o lá. levantei para esquentar o leite. passei pela estante e vi o livro verde esmeralda. havia me esquecido dele. livro de contos de katherine mansfield. eu havia me esquecido dele. como pode ser logo agora que ela tem estado tão presente na minha vida. tirei do castigo da prateleira. esquentei o leite. coloquei o café. pão dormido quentinho saído do forno. manteiga. silêncio. gaivotas. gaivotas voam perto daqui. escuto elas conversando umas com as outras. sim, o livro verde esmeralda de k.m. . costume ruim esse meu de nunca ler um livro de contos pela ordem. vou escolhendo pelo título e pronto. traço a minha jornada. comecei pela página 189. a casa de bonecas. terminei meu café antes de acabar o conto. é um conto para ser deliciado. lentamente. por causa de tudo o que há nele. voltei para o meu sofá. terminei a leitura lentamente praticamente pedindo para que a história não terminasse. e, quando ela chegou ao fim eu estava chorando. não sei descrever meu sentimento durante e depois desta leitura. não sei. não existem palavras para descrever meu sentimento, minhas sensações. sei que não existe ninguém que escreva contos como katherine. não existe. seus contos são viagens. é necessário preciso ler a casa de bonecas. vou ler esta noite para meus filhos. das coisas que são necessárias durante a vida: ler a casa de bonecas de katherine mansfield. linda. linda. linda.

segunda-feira, setembro 01, 2008

adele laurie blue adkins, 19 anos. aperta o play. escuta.

with a little help of mrs. woolf.

here floats a bubble in the air by d_oracle's.

se você leu o post abaixo do início ao fim, saiba uma coisa: não é nada disso.