sábado, março 17, 2007

( avenida atlântica, déc. 40 - ao fundo o cine rian. foto de j. medeiros. )
paraíso tem como um de seus cenários um grande hotel na avenida atlântica. não tem jeito. não tem jeito de olhar a cena e não lembrar do cinema rian. aonde agora existe um mastodonte que chamam de hotel, havia o cinema rian. era um luxo.no meu caso, eu saía a pé da minha casa no leme e caminhava pelo calçadão, até entrar no cinema. tapete vermelho na entrada. e aquela sala de cinema enorme. tela majestosa. ali assisti os filmes da minha vida inteira. não consigo lembrar de todos. mas lembro que foram oito idas para assistir hair de forman, mais umas seis para the last waltz de scorcese umas duas para namorar enquanto brooke shields nadava na lagoa azul e por aí vai. doí o coração quando olho este hotel e lembro do rian. lentamente arrancaram, destruíram nossas raízes. graças a deus que ninguém pode invadir nossa memória afetiva e derrubá-la. exatamente como fizeram com o majestoso rian.