sexta-feira, fevereiro 09, 2007

não conhecer os caminhos é angustiante. vôo cego. sair batendo de porta em porta em busca de ajuda. sem saber aonde ficar. em quem confiar. angústia. acredito que em muitas vezes alguém se aproxima e fala no meu ouvido. 'não. não é aqui. não. não é este. não é assim. não'. e assim lá vou eu. até onde meus sentimentos me levam. ontem foi assim. falei vamos ali porque vai dar certo. eram duas portas. dois escritórios. numa placa o nome de um advogado que me pareceu familiar. um nome tão raro. mas tudo bem. toquei o interfone. uma duas três vezes. onze e tal da manhã. ninguém veio me atender. calor. desespero. socorro. fui tocar o interfone do escritório ao lado. atendida ao primeiro toque. subimos. quando ele abriu a porta da sala, atrás dele, em uma mesa. são judas tadeu. de frente para mim. pensei na hora: 'ok. custei a encontrar mas cheguei.' horas e horas falando. choro e choro. o cara é quase um padre. melhor, porque ele soluciona os meus problemas. o padre só finge. detalhe da vida: o advogado ao lado, que não me atendeu: é o advogado que quer o impossível. pois é. coisas da vida. sacou né?