sob como a vida é absolutamente comum para todos nós: com as crianças em férias, viajamos. fomos logo ali para a serra.ficamos no hotel le canton, em teresópolis. é um daqueles lugares que tem tudo. absolutamente tudo. especialmente conforto, tranquilidade e o melhor: recreadores!!! êêê !!! tá. foram três dias de paz. o lugar é maravilhoso, tudo funciona, as pessoas que trabalham no hotel estão sempre sorrindo, te atendem com rapidez educação e alegria. êêê !!! num destes dias era hora do almoço e estava eu sentada comendo ( muito ) e lá me vem leandro com os olhos tipo vou te contar uma coisa. contou. na fila para o buffet estava vladimir b. ok. então tá. confesso não dar a mínima para nenhum dos dois. talvez mais para ele. mas só porque ele é amigo do wagner moura. ponto. é aí que vem aquele sentimento. somos absolutamente iguais no nosso dia a dia ( ok. quase absolutamente todos iguais. mas não compliquem estou aqui falando de nós, classe média tá?). é óbvio que não pedi autógrafo. é óbvio que não pedi para tirar foto com eles. mas bem de leve fiquei ali observando. uma família absolutamente comum. estavam com os três filhos. sem babá! não havia babá. e, confesso esta foi a minha maior surpresa. eram eles ali tomando conta dos seus filhos. exatamente como qualquer um de nós. olha bem a situação: os caras trabalham na globo. logo, nós imaginamos que são trilhardários, cheios de coisas e tudo mais. não são. ela, a esteves é bastante desconfiada. era ele que sempre ia ao buffet servir os pratos. porém, o engraçado é que o tempo todo ele permanecia com a cabeça baixa. nunca levantava a cabeça enquanto se servia, nunca olhava para os lados. os filhos mais velhos não brincavam com as outras crianças e com os recreadores. no domingo dia de irmos embora estávamos na piscina. nossas crianças brincando com as outras e nós sentados lagarteando tomando o sol delicioso de inverno na serra. na mesa ao lado um casal paulista simpático demais.( adoro paulistas. a-do-ro!) na outra mesa um outro casal, cariocas. o casal esteves/brichta ali logo na minha frente. ele dentro d'água com o filho pequeno e ela sentada de tênis e bata até os joelhos ( no glamour babe ). num determinado momento eles sentaram bem atrás da gente e rolou aquilo que todo carioca bom de praia conhece muito bem. todo mundo junto ao mesmo tempo. sacou né? tadinha. não havia pra onde ela fugir ( e ela não queria estar ali, mesmo., a pobre é tensa. muito ten-sa.). fui tentar arrancar as crianças da água. quando volto estão lá leandro o paulista e o brichta na maior conversa. senti uma alegria infinda por ele. poucos minutos de conversa. ele falando da pedreira que é gravar durante oito horas seguidas bla bla bla. se ele fosse médico ninguém ia perguntar para ele como se faz uma cirurgia cerebral. vai vendo. foi aí que sei lá porque eu falei com ele e vi os olhos dele. na boa que eu cismei que ele é muito míope. ele tem aquele olhar perdido dos míopes. ela ali. tadinha. muda. tensa. muito branca. muito magra. cabelo por fazer. típica mãe classe média. sairam da piscina. eu saí logo depois. voltamos para casa naquele final de tarde. era domingo. depois do fantástico ele estava na tela da globo. compreendi que ele está no papel certo. porque ele é tão classe média quanto eu você ou qualquer motorista de táxi. os globais são gente como a gente.