sex and the city. the movie.
ok. fui assistir sex and the city. para começar vou avisando: sou fã da série. tipo, na minha estante só tenho três seriados em dvd: a família dó-ré-mi, lost e sex and the city. adoro. adoro três vezes. voltando ao assunto: finalmente consegui assistir ao filme. teve gente que detonou as roupas da carrie. está certo que não são roupas para qualquer uma mas são incríveis. o vestido branco com a mega flor é sensacional. o verde com o plus da bolsinha torre eiffel também. na sessão de fotos, vamos combinar, eu casaria dez vezes só para usar cada um deles. e, definitivamente o vestido de casamento dela que chegou embrulhado naquela caixa me diga, você não queria? fala a verdade. eu queria. o tema bolsas é caso à parte. a sacada de bolsas grifadas alugadas é show. você não alugaria uma bolsa super hiper maravilhosa? eu alugaria.. guccis e fendis. sacou a gucci "i love new york"? branca, mas incrivelérrimamente linda. acho que eu deveria ter entrado no cinema com bloquinho e caneta porque foram tantas as coisas que agora estou meio perdida. pois então, mesmo depois de cinco boxes de dvds só agora parei pra pensar no porque carrie tem um closet abarrotado de manolos mas não tem uma estante tamanho parede com livros tão sensacionais e caros como um manolo. furo. como alguém que escreve não tem livros? como? tá. é filme. aí ela lê um livro pro big que óbvio, é um daqueles caras que somente lê contratos. ela fala do cheiro dos livros. perfeito. quem já alugou livros, quem aluga livros, quem compra livros em sebos conhece de perto essa sensação: o cheiro dos livros. deu para sentir? memória olfativa sentimental. meu primeiro shakespeare foi alugado na biblioteca do sion. memória. ponto pra ela. mas qual era o tema do filme mesmo? ah tah. quatro amigas. todas deram finalmente um rumo à vida. cada uma do seu jeito se envolveu e casou com alguém. carrie ficou. lá. parada. a espera. o tempo passando. só quem já passou por isso ou melhor, passa por isso sabe o quanto é angustiante ver a vida passar e nada ... nada. porque no fundo no fundo toda mulher quer estar envolvida, compromissada com alguém. a mulher que diz que não, está mentindo. sabe aquela que não foi convidada pra festa e diz que não liga? ahã. vai ver é ótimo ficar de pijama jogada num sofá a estar numa festa dançando até o amanhecer. anyway, ela é esta do pijama no sofá. misturado a isso está aquele velho problema: eu gosto dele. a gente se dá bem. mas ele não quer me levar para a festa. então, brigamos milhões de vezes e eu sempre o perdôo. isso é carrie e big. finalmente ela consegue convencer big a casar. o casamento se torna um happening. porque rola mesmo essa coisa feminina da ostentação. competição ganha. olha aqui eu consegui nos 44 do segundo tempo ganhar o cara e casar com ele. para isso é necessário uma mega produção. os homens não precisam disso. simplesmente não precisam. e em big isto está muito bem representado.se você parar para pensar eles estão certos não estão? o que big diz a carrie a respeito disto é perfeito. uma das melhores falas do filme. mas big dá um furo na carrie. big furo. não há humilhação maior para uma mulher que essa: ser largada no dia do casamento. vou me corrigir: das humilhações superficiais esta é definitivamente a pior. ever. ela quebra tudo. destruindo o símbolo máximo do casamento, o buquê. lindo. eram rosas não eram? sim, rosas off white. então lá vem o segundo assunto do filme: a capacidade de perdão das mulheres. algumas ressentidas irão dizer: o cara me apronta uma dessas e eu vou voltar com ele? jamais. muito machonas essas mulheres. adoro as mulheres que assumem seus sentimentos e passam por cima destas coisas. pra mim só existe uma coisa absolutamente imperdoável num relacionamento: homem que bate em mulher. homem que agride mulher física e emocionalmente. ponto. eu, alba regina já passei por cima de muitas coisas. assim como carrie até chegar aqui, no meu casamento mais dois filhos caminhei muito. perdoei muito. é necessário ser muito mulher e muito corajosa e muito madura e ter muito amor para perdoar. passar por cima. ter uma crise súbita de amnésia. sabe como é? então perdão. e logo após ele na primeira esquina: felicidade. tudo é tão complicado. tudo é tão simples. que num minuto se desata o nó. na minha última separação com o l., a mais longa e dolorida, levamos sete meses separados. foi num estalar de dedos que estávamos ao telefone. num outro estalar estávamos no carro a caminho de búzios. no final da noite estávamos numa varanda na casas brancas olhando para a praia da armação. depois daquela noite nunca mais houve ontem. sabe como é? era só hoje e amanhã. pois é. fora o manolos e guccis e armanis somos todas meio carries querida. todas. em busca de bigs e buquês.