resumo da minha ópera: semana tediosa. era só ligar o piloto automático e partir. assim mesmo. então, depois que as crianças estavam na escola só me restava o sofá e a tevê. reprise de novela e
fofoca na band. acontecimento da semana: o casamento da filha que não é filha do cantor que é ministro mas não é tão ministro assim. a menina tem nome de hippie brasileiro do final da década de setenta. aquela coisa bem coisa. casou no mam - museu de arte moderna, no rio de janeiro com um maquiador. olha só que coisa. o museu de arte moderna, o mam deveria ser um museu. é lindo. fica num lugar lindo. de frente para uma das vistas mais lindas deste planeta. era para ser um museu. virou casa de espetáculo de uma operadora de celular. e, parece ter se transformado numa casa de festas para novos ricos cafonas que não sabem aonde enfiar o dinheiro. foi aquele fuzuê. global aqui global ali. todos com aquela cara de oscar nominee. mas, vamos combinar? são todos média com pão da padaria da esquina. eis que surge carolina d. aquela que se acha só porque ficou careca para a novela das nove da globo. naquela que foi a melhor interpretação da vida da atriz porque ela chorou de verdade pelos cabelos loiros caídos pelo chão. então tá. lá vem ela. toda de vermelho e um coque gigante. fez sucesso. "olha lá ela com o coque genial e o vestidão vermelho gente! " só que, aperta o rewind aí. chega lá no oscar deste ano. lembra da heidi klum? lembrou? pois é ... vestidão vermelho, coque ... pois é...carolina d. era uma cópia de heidi klum. cópia não. era uma tentativa de cópia. ela, sua antipatia, seu vestidinho mais ou menos e seu coque recheado com bombril ... o resto era aquilo ... tapete com o nome dos noivos escrito em letras garrafais ... a cafonice elevada a enézima potência ... a noiva com nome hippie e seu vestido de noiva inspirado na barbie que ela guarda na prateleira ... pra fechar tinha também a taís araújo. agora clone quase fiel da naomi campbell faltando apenas as lentes de contato verdes e, voilá! naomi II. e, assim o museu de arte moderna sacodia sacodia ao som do funk. todo mundo descendo até o chão. deve ser isso mesmo. pra que manter um museu se temos a mulher melancia. tudo começa com m mesmo. museu mulher melancia mediocridade ... tudo a mesma m ...