domingo, novembro 25, 2007




jardim botânico. novembro de 2007. é incrível o que este lugar faz comigo. não sei não. sacode minhas emoções. não são apenas árvores e plantas e tudo mais. para mim é um jardim sensorial. mesmo. porque sinto tanto tanta coisa ... tá. estávamos nós ali no laguinho olhando e olhando os peixes ( acho os peixes os animais mais sem graça do mundo. ) e este sr. parou bem ao nosso lado. comecei a construí-lo na minha visão de baixo para cima. tênis calça jeans clara camisa cabelos brancos ( bran-cos) e óculos. susto. apontava cada peixe e os documentava. explicava um por um. eu parada olhando para ele. não, encarando. mesmo. arranquei a máquina da mariana e fotografei. assim, na cara dura. sem vergonha. invasão. sabe porque? ele era igual ao meu pai. viajei no senhor. tipo: será que ele é meu pai? travestido de alguém? e ainda me chega com este sotaque não sei da onde? pensava e pensava: como é igual ao meu pai ...poderia ter sido meu pai ali. aquela era uma manhã de novembro no jardim botânico como tantas que eu tive com ele. sons. sensações. era novembro no jardim botânico.