domingo, abril 16, 2006

mais uma lição: " escrevo in loco, sem literatura ", a professora é a.c. cesar. anota aí. conselho do bom.
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hoje é páscoa. e as coisas aqui em mim também estão revivendo. nas entrelinhas cada um encontra o que mais deseja, precisa. hoje é páscoa.
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quando terminarem aqui, logo aqui pra baixo, estarão as mulheres da minha vida. ana cristina cesar, sylvia plath, clarice lispector e emily dickinson. não. este não é um blog literário coisa e tal. nem estou na posição certa pra tanto. mas poesia é hora. sabe como é?! e elas estão comigo sempre. nas horas certas. algumas vezes ao mesmo tempo. outras uma de cada vez. e assim caminhamos. alguns como os de sylvia e emily estão em inglês mesmo. não é esnobismo da minha parte não. mas uma vez, uma grande amiga me enviou um texto de shakespeare em inglês. levei um susto. mandei e-mail de volta dizendo a ela: querida, este é shakespeare, meu inglês é americano de rua, você sabe...ela mandou a resposta: leia em voz alta. uma vez, duas vezes, três vezes. dicionário na mão se precisar, não tente levar ao pé da letra nada. compreenda. tente. se dê a este luxo. então, fiquei assim meio louca, lendo shakespeare em voz alta, de quando em quando correndo pro meu michaelis surrado. e consegui. descobri que algumas coisas precisam ser encaradas assim. em estado bruto. sabe como é?! então assim é. pra clarice e ana também. por melhor que seja a tradução são melhores em estado bruto: o português. sei lá, isso tudo pode ser somente um monte de besteiras. coisas minhas. manias coisa e tal. mas funciona pra mim. não é esnobismo não.
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e quanto mais as leio, faço esta viagem doida. há alguma coisa nestas mulheres que quase as torna uma peça inteira. assim como se, no início, tivessem sido um diamante que foi partido e espalhado pelo mundo em tempos, lugares diferentes.
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então é assim.
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verborrágica. compulsiva.
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té daqui a pouco...