sexta-feira, abril 07, 2006

amanhã é sábado. e, hoje lendo poesias o dia inteiro, me lembrei da minha primeira máquina de escrever. a ganhei de presente do meu tio. era uma smith-corona. e como eu a amava. cada vez que a fita vermelha-preta acabava era preciso rodá-la novamente com os dedos...e lá íamos nós novamente. fechava a porta do quarto e varava as madrugadas escrevendo e escrevendo. primeiro com caneta bic, depois na máquina e mais uma vez com a caneta bic por cima das letras datilografadas. então, ontem quando encontrei os rascunhos de sylvia percebi que o processo é basicamente o mesmo. o que diferencia é o criador. sou um ser ainda no rascunho. começo a compreender o que me foi incompreensível durante muito tempo. antes tarde do que nunca.
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no filme, ted hughes num determinado momento diz a sylvia que ela só começará a escrever realmente bem quando escrever sobre ela. frase martelando na minha cabeça...
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ouvindo bronski beat...it ain't necessarely so...