domingo, março 12, 2006

e eu sonhei que estava com ele em um bar. sentados por horas conversando. num daqueles momentos que só se vive uma vez na vida. onde tudo é novo e defeitos são absolutamente inimagináveis. conversa tipo novelo de lã. no final da tarde, caminhada pelas ruas sem rumo, início da noite parados em frente a portaria do prédio, enquanto o porteiro espera testemunhar aquilo que esperamos acontecer o mais rápido possível. mas não acontece. ainda existe uma noite pela frente. e aquele cheiro de perfume nenhum permanece comigo. até que a noite vem acompanhada por ele. ninguém segura um cigarro como este homem. e a fumaça não me incomoda mais. ele e este olhar que não sei aonde vai parar. descobrimento e reconhecimento de terreno. procurar o lugar certo para fincar minha bandeira. outra mesa de restaurante. outro novelo de lã. prateado. tudo é possível agora. dentro do meu coração disparado. podemos ir de táxi. vamos a pé. portaria novamente. subimos as escadas. elevador. só mais alguns passos para a conquista do território. o cheiro de perfume nenhum está em mim. o terreno foi descoberto e reconhecido. há uma bandeira fincada e meu nome está nele. há uma bandeira fincada e seu nome está em mim. porque será que tudo precisa ter um fim?! ...