quarta-feira, fevereiro 22, 2006

muita calma nesta hora.
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sábado foi o show dos stones na av. atlântica. eu já assisti a um show dos stones e confesso que no dia, assistindo a preparação para o show, me deu uma vontade tremenda de entrar numa roubada daquelas...afinal, uma roubada a mais outra a menos...fiquei esperando começar pela tv.
no início me deu aquela empolgação, stones serão sempre stones. mas aos poucos, fui perdendo o tesão, a euforia. e a impressão do lado de cá, é que eles também. começaram lá em cima e, de repente, na quinta música colocaram o pé no freio e depois foi ficando difícil subir a ladeira. sir jagger pulou, correu, rebolou ( como rebola, jesus!), levantou a camiseta, falou em português, fez de tudo um pouco...mas não deu mesmo. pra mim the show is over. desliguei a televisão e fui dormir. com o coração apertado me perguntando: gente, será que eu estou velha?! help!!!!
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vamos combinar que hum milhão e cacetada de pessoas é muito difícil de entreter. eles simplesmente erraram na mão. e sabiam disso. aff.
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amo keith richards. amo.
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os caras são highlanders só pode ser.
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graças a deus não entrei nesta roubada. menos uma na minha vida.
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agora vamos ao que interessa.
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segunda-feira dia vinte de fevereiro de dois mil e cinco. o u2 vai tocar em são paulo. eu estou no rio de janeiro. é um pouco longe. vou assistir pela tv. santa rede globo.
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o show começa e só de escrever já fico arrepiada. meus filhos dormiram cedo ( graças a deus ), desci, apaguei as luzes, arrastei minha cadeira predileta pra frente da tv e fui ser feliz. a visão era a seguinte: uma louca na frente de uma tv, cantando, pulando, sacudindo os braços, chorando...que homem é este gente?!
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ao assistir u2 confirmo aquilo que estou cansada de saber, tenho dezoito anos. pronto. ainda me arrepio com uma boa música, uma boa letra, ainda amo o bono como na primeira vez que eu o ouvi e dane-se o que vão dizer.
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e, em dois mil e cinco me lembrei de uma vez que fui assistir ao vídeo de um show deles no clube monte líbano na lagoa. o ano era provavelmente 83/84 e era a única forma de assistirmos o u2.
e a impressão naquela época era a mesma. o cara tem um carisma inato, coloca a platéia inteira na manga da camisa e vai embora com ela, sabe o que escreve, sabe o que fala. o cara é o cara.
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quando bono canta a canção para o pai...' cause is you when i look in the mirror'...chorei como uma vaca. chorei muito. esta canção é pro pai dele, pra minha mãe e assim vai.
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e então ele cata o menino victor ( só podia ser victor!), e estava lá a capa de war ao vivo e a cores. e depois ele cata a menina...ai que inveja...qual será o cheiro do cabelo do bono? ai que ódio!
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na minha época eram isqueiros. agora são os celulares. visão high tech. the time is now.
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e então o show tem que terminar. e termina com um terço deixado no microfone. com um baterista com todo o jeito de que, se pudesse ficava ali. porque rock n' roll é isso aí: diversão.
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eu amo o bono. e tô com a luma e não abro: bono pra presidente!
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vou ali e volto já!