segundo dia no inferno. sábado de carnaval, vinte e três horas e quarenta e poucos minutos. na rua mais de dez carros estacionados, portão da casa em frente aberto, do lado de fora umas vinte pessoas. um carro com a mala aberta e o som nas alturas. mesmo. pietra não consegue dormir. fechar a janela nem pensar. chamo o dono do carro: por favor, dá pra abaixar um pouco pra minha filha dormir? resposta imediata: eu tô na rua faço o que eu quizer. e todos em volta morrem de rir. pego pietra e coloco na minha cama. desligaram a música quase uma hora da manhã. domingo, duas e pouco da tarde. gritaria na piscina do meu condomínio. chego na janela para ver o cenário. um menininho urina na grama. chamo a mãe e digo: minha senhora, este não é o local certo para ele urinar. a mulher grita: porque não? todo mundo mija na piscina. o condomínio é meu. é carnaval. tô aqui pra me divertir. pois é. ainda faltam três dias para este inferno terminar. juro que não aguento. se desse arrumava minhas malas e iria viver em outro país. itália é claro. o brasil não tem jeito. porque as pessoas ou a grande maioria delas me olham como "a chata". pois é, eu sou chata. porque tenho educação, conheço os meus limites e sei gritar quando ultrapassam o meu. aqui ser civilizado é ser chato. alguém tem um sonífero aí?
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