minha emily 'the black cat' dickinson sumiu por dois dias. rodei a rua, catei no jardim. chamei, chamei e nada dela aparecer. decidi me acalmar e esperar. gatos são seres especiais. ficam invisíveis quando querem e só tornam-se visíveis novamente quando desejam. ainda há pouco o zelador chamou dizendo que ela apareceu na casa do síndico. miava e não deixava ninguém chegar perto. leandro foi buscar. coração feliz o meu. volta com ela nos braços tremendo tadinha. então ele começa a contar a sessão abobrinha de domingo. síndico: por favor tira este bicho daqui. detesto gatos. não preciso passar por isso. leandro: tudo bem jefferson ( o que passa na cabeça de um pai, uma mãe ao colocar o nome de um filho de jefferson? ah! tá...), ela é pequena deve ter escapulido. me desculpe tchau. mas o cara continua, é sempre assim: vou mandar colocar veneno aí fora. detesto gatos. neste ponto da história fechou meu tempo. calcei minhas havaianas e bati na casa do tal jefferson. boa tarde. meu marido me contou do problema com nossa gatinha. enfim, gostaria de informar ao senhor que, se qualquer um dos meus animais aparecerem mortos, vou direto à delegacia mais próxima. afinal, o senhor que é tão politicamente correto, policial federal ( aff...) nos ameaçar assim? o senhor está avisado. passar bem. meia volta entro em casa. pego minha gata negra no colo. paz do mundo por minutos. e me pergunto: quem este jefferson pensa que é afinal?
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