fui ao rio-sul no sábado de manhã. pequenos pedidos das crianças. vitrine de joalheria. tudo bem que eu nunca fui tarada por jóias. minhas amigas sempre conheciam aquelas mulheres que iam em casa carregando saquinhos de veludo lotados de jóias que eram vendidas a prestação anotadas em fichinhas. eram verdadeiras festinhas. eu estava lá mas aquilo não me deixava tão eletrizada. tão eu preciso ter este anel coisa e tal. a única vez que pirei foi com uma mulher que vendia prata. maior figura. pulseira e anéis. nooossa. saí da casa não me lembro de quem com umas quatro pulseiras fantásticas num braço só. e um anel incrível. prata. ouro nunca. acho ouro totalmente desnecessário. cafona. over. mas enfim, estava eu no rio-sul e parei na vitrine de uma joalheria. e aquele colar. uma fita de brilhantes pequenos assim um atrás do outro. curtinho.
e naquele momento pensei como seria bom ter uma carteira cheia de dinheiros pra comprar aquele colar. e usar com minha camisa preta. e usar com minha hering branca e jeans. fiquei pensando como deve ser ter tanto dinheiro a ponto que um colar daquele, numa manhã de sábado, não faria diferença alguma. tipo vou ali comprar frutas e volto já. fui embora batida, nunca gostei de jóias mesmo.
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