sábado, dezembro 16, 2006

natal. novamente. este ano fiz as compras de natal de uma só vez. se é necessário sofrer, melhor que seja de uma só vez. e assim foi. eu, ele e três cartas para papai noel. não sei o que acontece, se é apenas uma impressão ou coisa parecida mas, quando entrei no shopping estava vazio. depois da primeira rodada me vi no meio de uma multidão enlouquecida. sim, porque parece que as pessoas acreditam que o mundo terminará um minuto depois da virada do dia vinte e cinco. então, compram tudo o que há pela frente. num dia apenas elas são tão descontroladas como eu sou naquelas fases da minha vida. assim, fazem suas compras natalinas em suaves doze prestações que terminarão no próximo natal começando um novo ciclo. muito louco tudo isso. louca sou eu. loja de brinquedos é um sanatório daqueles. lista número 1 e 2. este boneco: não tem. este jogo: não tem. este carro: não tem. esta boneca: tem, setecentos e noventa e nove reais. tudo bem, pago a terapia daqui a alguns anos; mas esta boneca é indecente. enfim, por vários motivos mama noel meio que modificou completamente a lista dos filhos. ossos do ofício. lista número 3. sim, esta é bem mais fácil. biquínis. e roupa. muita roupa. vai lá na myth. vai lá na myth querida. foi? eu também. tem segurança na entrada e na saída. só faltou a senha pra atendimento. deu pena daquelas meninas rodando de um lado pro outro como baratas tontas correndo atrás do dinheiro que sustentará apenas um verão. exausta, naquele inferno dantesco, esperando a conta pra pagar surge na minha frente uma mulher que logo me beija e abraça e faz a pergunta mais cretina de todas: o que você está fazendo aqui? um minuto. pára a cena. albinha, quem é esta pessoa? pensa. pensa rápido. sorri. não fale nomes. sorria: oi! aqui? o mesmo que todas estas pessoas: compras de natal! e você querida, o que você está fazendo aqui? sorriso amarelo e saída pela direita: deixa eu ir lá! vagou uma cabine. uau. salva pela cabine! afinal, quem era aquela pessoa?! três listas fechadas. eu ainda queria comprar um tapete, velas, porta-retratos, almofadas. mas deixei pra lá. eu sei que o mundo não vai acabar à zero hora e um minuto do dia vinte e seis. afinal, pra que tanta pressa?